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“Carros 3 (Cars 3)” de Brian Fee

A integração dos premiadíssimos estúdios da Pixar na estrutura da Disney levantaram, na altura, uma série de questões relativamente à liberdade dos seus interevenientes e à originalidade dos seus projetos futuros.

Essas interrogações foram devisamente acauteladas. Já a obsessão da Disney pelo “moralmente e eticamente e socialmente correto” tem deixado as suas marcas no percurso recente da Pixar – em linha, aliás, com o que tem acontecido com a generalidade do cinemação de animação. Saudades de Shrek, anyone??

O cinema infanto-juvenil oruindo dos EUA passou a conduzir-se por 3 critérios fundamentais: a igualmente de géneros, de raças e credos e de oportunidades. Não é à toa que se multiplicam as heroinas, as minorias e o regresso do “sonho americano”. Algumas vezes o efeito é plenamente integrado no enredo dos filmes mas na maioria das vezes percebe-se, a milhas, a obsessão.

E chegamos a Cars 3. Lição aprendida com o seu antecessor, a Pixar tenta um regresso às origens, retira Mater praticamente da tela – assim como a maioria das personagens de Radiator Springs – e arrisca com a sequela que deveria ter feito à meia dúzia de anos.

Lightning McQueen (Owen Wilson) é agora o incontestável líder e vencedor crónico da Piston Cup. Mas os seus dias de glória serão abalados pelo surgimento de uma nova geração de carros, com destaque para Jackson Storm (Armie Hammer), o rookie sensação da temporada. E, como um mal nunca vem só, tudo se complica quando McQueen sofre um brutal acidente que coloca em risco a sua carreira.
Auxiliado por uma treinadora com métodos inovadores, Cruz Ramirez (Cristela Alonzo) e contando, como nunca, com o apoio dos seus amigos de sempre e alguns novos, o #95 encetará um longo e delicado caminho até recuperar o seu lugar na linha de partida… e de chegada?

Em termos visuais o filme pouco acrescenta, recuperando muitos dos cenários do primeiro filme e dando-lhes, pontualmente, uma nova roupagem. Neste capítulo, a maior novidade será mesmo a verocidade acrescida que as corridas, especialmente as oficiais, ganham fruto da sua maior espetacularidade e autenticidade.

Já em termos narrativos há como que um encerrar de ciclo. De forma totalmente imprevissível o enredo segue um novo caminho – lá está, dando asas aos novos paradigmas da Disney – que tem, infelizmente, os seus prós e os seus contras.

Fica a nostalgia dos bons velhos tempos. Os que o filme recupera. Os que o filme não consegue superar. É indiscutivelmente melhor do que anterior mas, sem sombra de dúvidas, bem áquem do original.

Um dia, talvez, McQueen voltará a ser o nosso herói.
Resta-nos esperar.

   

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