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“Tomb Raider” de Roar Uthaug


Lara Croft está de volta…

O slogan é fantástico e chega para cativar o público mas o “está de volta” é algo exagerado.

Primeiro, Tomb Raider versão 2018 é, na pratica, aquilo que os norte-americanos gostam de chamar de reboot. Ou seja, antes de voltarmos a ver Lara em ação teremos de aguardar alguns minutos (30??) para ficarmos a conhecer a “nova” herdeiro do império Croft, os seus aliados e os seus inimigos.

Depois, sim, Alicia Vikander – a sueca que em 3 anos tornou-se numa das maiores referências do cinema à escala mundial – tem espaço para demonstrar ao que vem. Nesse segundo acto, por assim, dizer, Tomb Raider é eficaz e contundente. Por ventura um pouco mais dramático do que aventureiro mas as cenas do barco, do avião e do túmulo são mais do que suficientes para dar o tipo de partida ao novo legado.

O senão é que no terceiro acto, o filme volta a pensar em si e na sua função a longo prazo. As “migalhas” para o que aí vem (ou pode vir!) são enormes e mesmo ferindo a grandeza deste capítulo inicial, compreende-se o seu propósito.

Lara volta, assim, ao trauma da perda do seu pai, o enigmático Lord Richard (Dominic West). A fortuna deixada nem por sombras serve de consolo à jovem herdeira e esta prefere ignorá-la. Mas o sangue efervescente acabará por impeli-la para novas e perigosas aventuras. Pelo caminho encontrará um importante aliado, Lu Ren (Daniel Wu) e o antagonista de serviço, Mathias Vogel (Walton Goggins). Mas algo bem mais maquiavélico movimenta-se nas sombras.

De Londres para o Mundo. A capital inglesa é o ponto de partida para uma aventura que se extende até ao extremo oriente. Hong Kong e os mares do Japão são as referências asiáticas, ainda que o cenário principal seja uma ilha (quase) deserta onde a exploração de um túmulo pode ter consequências assustadoras para todos os envolvidos, e não só.

É (ou pelo menos pretende ser) o tiro de partida para um novo franchise de sucesso. Aliás, o filme esforça-se (talvez um pouco demais) para o garantir mas pese embora a sua aparente fragilidade física, Alicia convence no papel de Lara Croft fruto da sua agilidade, assertividade e disponibilidade. Não será, certamente, pela sua protagonista que não o conseguirá!

Será mesmo uma questão de aguardar pelos próximos capítulos. Só assim tudo fará (mais) sentido.

  

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