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“Ciúme (Jalouse)” de David Foenkinos e Stéphane Foenkinos

A falar rir é que a gente se entende!

É possível abordar assuntos bem sérios com um imenso sorriso nos lábios. Aliás, recomenda-se.

Não é de agora que a comédia francesa tornou-se da principal referência no mercado nacional quando se pretende um bom filme agradável, inteligente e bem humordo. Este fenómeno cinematográfico levou, inclusive à estreia no nosso país de filmes algo estranhos ou mesmo dispensáveis mas é um mal que veio por bem.

David e Stéphane Foenkinos estão de regresso aos nossos cinemas meia dúzia de anos após La Délicatesse. Desta vez com uma história original (La Délicatesse era baseado num romance de bastante sucesso escrito pelo próprio David) mas com a mesma perspicácia e bom gosto.

Assuntos sérios, neste caso o ciúme (e a depressão), que fruto de um enredo bem construído, de um desempenho de grande nível de Karin Viard e de uma realização assertiva e coerente chegam-nos envoltos numa história alegre, bem humorada e equilibrada.

O divórcio, a monoparentalidade, os parceiros dos ex, o futuro, a pressão profissional, a relação entre pais e filhos, e destes com os seus namorados, a esperança, a confiança e a projeção nos descendentes das suas ambições e decepções são alguns dos elementos de um filme que transforma na mais fraca e natural das emoções, todos os sentimentos vividos pela nossa protagonista. É verdade que podemos rir, simpatizar e até criticar (construtivamente) as suas ações e reações mas o mais difícil é não nos identificarmos, nem um bocadinho, com Nathalie Pécheux.

De um dia para o outro, ou mais precisamente num longo processo degenerativo, Nathalie (Viard) começa a questionar, estranhar e criticar tudo e todos. A sua filha, a nova colega da escola, o seu ex-marido, a sua melhor amiga, a namorada do seu ex, todos são motivo do seu CIÚME. Mas mais do que uma simples sensação de inveja pelo próximo, Nathalie começa, sim, a evidenciar sintomas de algo mais profundo e sério.

Não é tanto uma questão de nos divertirmos com o mal alheio é bem mais, saber rir das situações como se fossem nossas. Uma mesma história deve dar para rir, chorar, pensar e reagir … tal como na vida real!

História bastante interessante, recheada de humor e verdade.

  

Trailer

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