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“Mundo Jurássico: Reino Caído (Jurassic World: Fallen Kingdom)” de Juan Antonio Bayona


Enquanto ainda tento processar se este Fallen Kingdom será melhor ou não do que o Jurassic World original, fica a certeza que está uns furos acima de Lost World, o 2º capítulo da trilogia inicial.

Existem, na verdade, 2 filmes em Fallen Kingdom. Um com princípio meio e fim que segue o regresso de Owen e Claire à ilha Nublar na tentativa de salvar o maior número possível de dinossauros da eminente catástrofe provocada pelo vulcão (em erupção) da ilha. E, por outro, a linha narrativa que o coloca bem no centro da nova trilogia iniciada (e a concluir em breve) por Colin Trevorrow.

Se no primeiro caso, as (ainda que parcas) semelhanças com o já referido Lost World acabam por retirar algum encanto ao filme, já a sua função como ele de ligação entre os extremos na nova trilogia é congeminada de forma bastante hábil e provocadora. Quantas dias faltam mesmo para o próximo filme???

Para lá das preocupações narrativas, o 5º capítulo garante o habitual suspense, tensão e muita correria. Apesar da presença de Chris Pratt e Bryce Dallas-Howard, os dinossauros voltam a ser o foco central de mais um filme pleno de adrenalina. Impõe-se aqui um grande parentesis.

A sala IMAX (versão 3D). Tive a coragem e o prazer de ficar numa das cadeirinhas da frente e, posso garantir que a “aposta” foi ganha. Lá, bem perto dos animais pré-históricos tudo ganha mais emoção e sentido. Recordo-me prefeitamente “da primeira vez que vi um dinossauro” (NOTA: Cine-Teatro de Ovar, no Inverno de 1993!) mas assim de tão perto, tão grande, tão sonoro e tão assustador foi, mesmo, a primeira vez!!

Relativamente ao filme, aquilo que começa como uma missão de resgate e salvamento termina com o Mundo Jurássico. Não é fácil revelar muito mais da história sem expor em demasia o enredo do filme, e de toda a trilogia. Mas, de facto, faz tudo muito sentido.

Há uma componente humana que, cada vez mais, faz parte dos grandes blockbusters que pretendem ser levados a sério. Não basta entreter o espetador, fazê-lo saltar da cadeira ou encolher as pernas e fechar os olhos. É aconselhável envolve-lo, dar alma mesmo a animais extintos à milhões de anos. Ou não.
E mesmo que previsível ou algo lamechas, fica muito bem na fotografia… de preâmbulo para o próximo capítulo.

Pratt tornou-se numa das maiores estrelas do cinema mundial e percebe-se porquê. A mistura do ar jocoso e aventureiro do rapaz, encaixam na perfeição com o espírito do filme e com as exigências do cinema de aventura dos nossos dias.

Mas, curiosamente, o filme é bem mais de J.A. Bayona do que de qualquer outro. Colin Trevorrow passou-lhe a tocha (e foi recuperá-la no final) mas durante aquelas 2h o Mundo Jurássico pertence ao realizador catalão. Bem mais visual, sombrio e explícito, Fallen Kingdom só não é para todos os estômagos. E ainda bem!

Os dinossauros estão bem… e recomenda-se.

Ainda assim, acho que gostei mais do Jurassic World.
Só por curiosidade.

  

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