Passatempos

Home » Estreias » “Homem-Formiga e a Vespa (Ant-Man and the Wasp)” de Peyton Reed

“Homem-Formiga e a Vespa (Ant-Man and the Wasp)” de Peyton Reed


Foi tão bom… e tão dececionante, ao mesmo tempo.

Paul Rudd – à imagem do que acontece com Ryan Reynolds e o seu Deadpool – encaixa que nem uma luva no espírito do filme e do seu protagonista. Depois do sucesso surpresa do primeiro filme, Ant-Man, o mais jovial e descontraído dos super-heróis da Marvel, teria obrigatoriamente de regressar mas há, nitidamente, um problema de timing nesta sua aventura, agora a dois.

Depois de Infinity War, e mesmo tendo o filme a preocupação em concentrar o enredo em meros 5 ou 6 dias, é difícil encarar toda e qualquer história dentro do MCU sem ter presente o desenlace desse filme maior da Marvel. Aliás, a cena durante os créditos faz o favor de o deixar por demais evidente.

Mas para lá dessa questão há um filme tremendamente divertido e aventureiro. A dupla Ant-Man e Wasp funciona com apraz eficiência – mais com os fatos de super-heróis vestidos do que “em carne e osso” – mesmo parecendo algo refém de um subplot sem qualquer relevância ou consistência mas, em última análise, justificável perante a dificuldade que seria limitar este segundo capítulo ao resgate de Janet.

Apesar de Scott (Rudd) permanecer em prisão domiciliária fruto do seu envolvimento em Civil War, isso não implica que Hope (Evangeline Lilly) e o pai (Michael Douglas) não prossigam, ainda que clandestinamente, com o seu intuito de tentar resgatar Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer) do mundo subatómico onde esta se encontra enclausurada há décadas.
Mas esta acabará por ser a menor da suas preocupações…

Pese embora a infeliz a opção dos irmãos Russo em privar Peyton Reed do gosto sublime de ser ele a fazer crescer o seu Ant-Man, as capacidades do super-herói e demais parceiros de aventuras são realmente extraordinárias de seguir na 7ª arte. A forma imaginativa como Reed e a sua equipa souberam aproveitar a tecnologia que serve de suporte à saga é realmente ímpar e mesmo afastando Ant-Man da lógica realista que acompanha(va) o MCU, a sua coerência e frescura fazem esquecer qualquer irracionalidade.

É cinema de entretenimento na sua verdadeira essência.
… ainda que nos dias que correm – um pouco em linha com o que defendemos a propósito de Incredibles 2 – a exigência ao nível do cinema de super-heróis obrigue a outro cuidado, criatividade e consistência.

Foi bom. Mas podia devia ter sido bem melhor!!

Site
Trailer

About

Já vão 16 anos desde que começámos este projeto. Expandimos para o facebook, para o twitter, para o youtube para o instagram e agora temos um site personalizado. Publicamos crítica, oferecemos convites e partilhamos a nossa paixão pelo cinema. Obrigado por fazeres parte dela!

Leave a Reply