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“Robin Hood” de Otto Bathurst

Quando cada geração começa a “puxar” pelo seu Robin Hood (ao estilo de “o meu James Bond é melhor do que o teu!”) é sinal que algo de bom está a ser feito, certo??

O herói do arco e da flecha que rouba aos ricos para dar aos pobres tem direito a nova versão. 8 anos depois de Russell Crowe, 27 depois de Kevin Costner e 80 depois Errol Flynn, chega a vez de Taron Egerton vestir o capucho e aventurar-se pelos bosques.

O primeiro sinal evidente da diferença para os seus antecessores é que o ator inglês é mais novo (e aparente ainda mais ser) do que qualquer um deles. Mais jovem. Mais rápido. Mais divertido. Mais inconsequente.
Duvido que no tempo das cruzadas este Robin of Loxley se safasse, mas, nos nossos dias, tem tudo para dar certo!

Ao lado do ator inglês encontramos o experiente Jamie Foxx, num papel ligeiramente diferente do que estamos habituado para Little John… e reside nele grande parte o efeito-novidades do filme. Com alguma liberdade criativa – ou precisão histórica, tal como o filme anuncia – o John da versão Otto Bathurst é, seguramente, o elo mais forte e mais fraco desta revisitação da História. A forma como ele embarca nesta aventura é tudo menos coerente, mas ultrapassada essa “fase”, a sua contribuição é bem superior às dúvidas que suscita.

Regressados das Cruzadas, Robin e John vão unir forças para desmascarar o Sheriff of Notthingham (Ben Mendelsohn), um homem ambicioso e sem escrúpulos com um plano maquiavélico. A Guerra nas Arábias é apenas o mote, para um filme de aventuras e (in)justiça social em que os oprimidos procuram a todo o custo um exemplo para se erguerem contra o poder corrupto e ganancioso. E afinal bastava um arco, algumas flechas e muita ousadia para o conseguir!

Nota, ainda, para o desenlace oportuno encontrado por Bathurst, digno de um filme de aventuras do século XXI… que se preze. A esperança de vermos os novos heróis da Floresta de Sherwood permanece bastante viva, assim os resultados de bilheteira o permitam.

Algures pela internet, lemos que as instruções recebidas pelos responsáveis pelo Guarda-Roupa e Direção Artística foram mais ou menos estas: 1/3 histórico, 1/3 atual, 1/3 futurista. Apetece dizer que acertaram na muche!
Sem esquecer as origens da personagem/mito, esta versão procura atrair os jovens atuais e dar uma imagem do que seria um Robin Hood dos nossos dias (cinematograficamente falando). Honesto, aventureiro, corajoso e charmoso, por assim dizer.

É, sem dúvida, um filme pipoca… que diverte, entusiasma e deixa um sorriso nos lábios.

   

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