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“Shazam!” de David F. Sandberg

Fica a clara sensação que a Warner Bros. tem disparado em todas as direções no que às suas adaptações da DC Comics diz respeito. Umas vezes com melhor resultado, do que noutras!

Shazam! fica mais ou menos a meio, na nossa tabela de preferências!

O protagonista, sobretudo na versão adulta interpretada por Zachary Levi, é um figurão, tanto no próprio enredo como no que diz respeito ao desempenho do ator do Louisiana.

Tem a frescura, o espírito e a determinação para captar, por completo, a atenção do seu público e dos espetadores de cinema em geral. A questão é, quem será o seu público? Juvenil q.b., o filme, tal como o seu protagonista tenta invariavelmente parecer mais adulto do que é, mais assustador do que devia ser, mais familiar do que alguma vez será!

Esta mistura de filme de aventuras ligeiro, com vilões grotescos e miúdos a fazer de super-heróis é estranho e… não chega a entranhar-se. Pelo menos na medida desejável.

David F. Sandberg vem do cinema de terror e tem dificuldade em afastar esse passado. Invariavelmente, o filme é escuro, sombrio e assustador… em total contraponto com o seu protagonista. Levi que os mais entradotes lembrar-se-ão da série Chuck (o espião, por engano) está plenamente no seu habitat. O ator norte-americano que acabou por fazer carreira na TV, encaixa com extrema naturalidade do papel de super-herói por imposição e sem qualquer juízo na cabeça.

No outro extremo surge Mark Strong, a desperdiçar charme e talento. O ator inglês há muito categorizado por Hollywood como vilão por de excelência, acaba por fazer o possível com um Dr. Sivana a precisar de um intenso refresh. Pode ser que o futuro lhe reserve outro encanto.

Billy Batson (Asher Angel) viveu de casa de acolhimento em casa de acolhimento toda a sua vida. Abandonado pela mãe, o agora jovem adolescente nunca se cansou de a procurar mas é quando é atraído para uma inóspita caverna que a sua vida irá ganhar realmente significado. E para tal basta dizer a palavra Shazam!… para se transformar num super-herói.

Sim, a origem dos seus poderes resulta de um qualquer ser ou seita suprema. A sua função de guardião dos 7 pecados mortais é apenas uma desculpa para fazer surgir na grande tela uns quantos seres grotescos.
Porque em boa verdade, Billy (ou Shazam) é apenas um rapaz em busca de uma família.

Frequentemente bem disposto e estranhamento rodeado de uma aura negativa e cinzenta, Shazam! é inquestionavelmente um marco das adaptações da DC Comics ao cinema, aligeirando bastante o seu tom mais penoso e doloroso, em favor de um enredo mais ligeiro e bem humorado.

Falta apenas reforçar a dose, encontrar um vilão à sua altura (ou estilo) e descontrair.

Afinal um filme de super-heróis é tão bom quanto o seu vilão. E Mark Strong tinha tudo para ser excecional.

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