“Agente Super-Secreto (Le Lion)” de Ludovic Colbeau-Justin

O argumento tem tantas lacunas, quanto o filme tem genuinamente piada.
Dany Boon continua a ser o maior ator de comédia da atualidade (na Europa e mesmo além fronteiras!). E mesmo com uma história coerente mas recheada de “buracos” por preencher, são inegáveis as recorrentes gargalhadas (mesmo numa sala praticamente vazia) que nos fazem sentir de volta à normalidade.
Tal como referíamos na antevisão ao filme, pouco ou nada se sabia da história, nem da personagem interpretada por Boon. E nem era assim tão difícil. Léo Milan é uma espécie de Johnny English à francesa, mas com uma pitada extra de maluquice. Literalmente.
Encontramos Le Lion (Boon) “enjaulado” num hospital psiquiátrico, ansioso por voltar ao ativo. As suas preces serão ouvidas quando a namorada do seu médico (Philippe Katerine) é raptada, deixando o pobre Romain sem outro remédio que não seja confiar na astúcia do seu paciente. E, a partir daí, é um “salve-se quem puder!!”
Com um desempenho mais, ou menos, cansativo e repetitivo, Dany Boon continua a arrancar umas belas gargalhadas. A bom ritmo e com o espírito certo, vamos desfrutando do desenrolar da história, e sobretudo de cada momento cómico, sem grande atenção ao como ou ao porquê.
O apelo principal é em exclusivo para não se deixarem enganar pela falta de conhecimento sobre o enredo ou percurso do filme. Até porque, pelo menos em parte, não havia outra forma de o fazer. E mais não digo posso dizer.
A obra de Ludovic Colbeau-Justin pode não ter o carisma e a riqueza de outras comédias francesas (nomeadamente as protagonizadas pelo próprio Dany Boon) mas não deixa de ser 1h30 bem passada no escurinho do cinema.
Leve, descontraída e bem humorada.
Não vale (a pena) pedir mais!

