“Regresso a Itália (Made in Italy)” de James D’Arcy

É, em suma, uma harmoniosa mistura de história, cenário e desempenhos invejáveis.
Mesmo sem acrescentar nada de novo ao género, tem o filme tem o inquestionável talento para preencher todos os requisitos de um belo entretenimento.
Primeiro, um drama familiar que apesar da sua ligeireza e simplicidade, cativa, comove e faz sonhar.
Um cenário belíssimo. A Toscânia, esse espaço de sonho e apaixonante como nunca a vimos. Se a beleza da região é amplamente reconhecida, não foi muitas vezes que a vimos tão autêntica e profundamente fascinante como agora. É daqueles filmes que só dá vontade de “fazer as malas”… e ir!
E, naturalmente, Liam Neeson e Micheál Richardson. Pai e filho entram numa espécie de catarse – foram os próprios a admiti-lo – num filme em que desempenham precisamente os papéis de pai e filho… em busca de redenção. Malta com talento, para dar e vender!
O filme não acrescenta mas também não compromete. Deixa o espetador entretido e curioso, ao mesmo tempo que o delicia praticamente nos 5 sentidos. Mais a emoção.
O argumento, acompanha pai e filho de regresso a Itália para vender a mansão decrépita da família, abandonada após o desaparecimento da mulher/mãe, uma década antes. O processo de reconstrução da casa irá moldar o evoluir da relação entre pai e filho… e destes com os habitantes da vila. E cai tudo tão bem.
Nesta era pandémica, sem grande possibilidade para expandir horizontes, este é daqueles filmes que nos faz viajar… mesmo sem sair da sala de cinema. É só, por isso, já vale bem a visita.
Já agora, para matar a vossa curiosidade. A vila é Monticchiello, mesmo no coração da Toscânia.
De nada.

