“Um Belo Par… de Patins (Forgetting Sarah Marshall)” de Nicholas Stoller

Goste-se ou não do seu estilo, Judd Apatow é hoje uma referência incontornável da comédia “picante” norte-americana. Como realizador, argumentista ou produtor (como é o caso neste filme) ele tem acompanhado e contribuído para um novo estilo de escrita, de realização e de actuação em termos de comédia, sendo verdadeiramente refrescante a forma como, balançando na ténue linha que separa o mais gosto da comédia inteligente, tem desenvolvido um estilo quase pessoal.

Como muitos artistas são peremptórios em afirmar fazer comédia é das “artes” mais arriscadas de se executar. Principalmente em cinema, quando a reacção do público está a km’s e dezenas de dias de distância.
A sexualidade, tema recorrente nas obras que derivam de Apatow, assume neste filme um teor bem mais ligeiro (quando comparado com Knocked Up ou Superbad), o que não quer dizer que não tenhamos alguns momentos mais picantes que se tornam memoráveis.

No epicentro da história temos Peter (o quase-desconhecido Jason Segel), um relaxado e carinhoso bom-rapaz que divide o seu tempo entre os efeitos sonoros de uma série de sucesso, protagonizada pela sua namorada; o seu sonho de escrever uma ópera cómica sobre o príncipe Drácula e, claro está, a sua bela namorada. Porém, inesperadamente (pelo menos para ele) Sarah (Kristen Bell) rompe o namoro, para completo desgosto de Peter.
Após inúmeros relacionamentos fugazes que não mais fizeram do que aumentar a sua dor, Peter faz as malas e embarcar para o Hawaii em busca de umas férias que lhe permitam recuperar a auto-estima.
Claro está que mal chega ao hotel ele irá encontrar a sua ex, precisamente com o seu novo namorado, o peculiar e famoso cantor britânico Aldous Snow (Russell Brand).
Bem, se até aqui o humor já era corrosivo podem imaginar (ou talvez não!) o que vos espera!

O único senão desta nova vaga de comédias com o cunho de qualidade de Apatow será o risco do humor e as situações começarem a tornar-se demasiado repetitivas, até lá é sempre uma alegria poder assistir a este tipo de humor mais adulto ao mesmo tempo que vamos conhecendo alguns actores de talento como o caso do “gigante” Peter Segel ou da bela Mila Kunis.

Uma palavra final para Jonah Hill e Paul Rudd, dois habitues no cinema de Apatow e que ajudam a transportar para cada filme o mesmo humor, carisma e loucura que fazem deste “criadores da nova comédia norte-americana” um verdadeiro case-study de sucesso!

Goste-se ou não do estilo é difícil ficar-lhe indiferente!

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Trailer Pt
Trailer “R”