“Manhãs Gloriosas (Morning Glory)” de Roger Michell
Harrison Ford já demonstrou, vezes sem conta, o seu talento para interpretar intrépidos heróis e arqueólogos bem humorados, chega, agora, a vez de fazer de… rabugento!
Encabeçado por Rachel McAdams, Morning Glory vale, sobretudo, pelo desempenho do veterano actor que com Diane Keaton forma uma dupla de…stravada!
Becky Fuller (Adams), uma workaholic assumida, encontra o maior desafio da sua ainda curta carreira como produtora televisiva, num programa matinal de fraca audiência!
Para tentar inverter a tendência, procura juntar o conceituado pivôt televisivo Mike Pomeroy (Ford) com Colleen Peck (Keaton), a habitual apresentadora daquele programa de entretenimento.
Mas como sabiamente profetizam os britânicos “be careful what you wish for!“
Aquilo que começa por ser um agradável entretenimento, com uma pitada saborosa de bom-humor e a dose certa de crítica cultural/social, acaba por ir-se desviando para um filme mais emotivo, com algumas boas surpresas e alguns desnecessários déjà vu‘s.
Por detrás das câmaras encontramos Roger Michell, o quase anónimo realizador de Notting Hill, que apesar do imenso sucesso do referido filme, prossegue pacatamente a sua carreira, sem grandes percalços mas, igualmente, sem outro grande sucesso.
Não será Morning Glory a alterar este paradigma!
Uma comédia com coração que toca ao de leve em algumas das mais profundas feridas da sociedade actual.
Em suma, (e regressando à língua britânica) a feel good movie!