“Gritos 4 (Scream 4)” de Wes Craven
10 anos depois, Wes Craven volta a ser o mestre do suspense e do terror–teen em Hollywood! Mas não vem só…
2 sequelas depois do impactante Scream original, Neve Campbell, Courteney Cox e David Arquette estão de volta para uma nova realidade… talvez não assim tão diferente do que estamos habituados!
A grande diferença está em tudo o que o rodeia. Em 1996, Wes Craven era um visionário que moldou (para sempre!) o cinema de terror, aproximando das massas e revestindo de uma auto-ironia que o tornou genuíno.
Hoje são muitas as cópias, as homenagens e as experiências que foram beber ao estilo empreendido pelo realizador de Cleveland, pelo que a questão que se colocava era “como podia ele reinventar-se?”.
Fiel à sua História, Scream 4 dá início a uma nova saga (esperam-se, para breve, as “necessárias” 2 sequelas!), remisturando histórias passadas, prestando a devida homenagem a um legado imenso e arriscando q.b. para se manter actual e cativante.
No dia que marca o aniversário dos horríveis assassinatos de Woodsboro, Sidney Prescott (Campbell) está de regresso à sua terra natal para promover o seu mais recente livro de auto-ajuda. Dewey (Arquette) é agora sheriff da polícia local e a sua mulher Gale (Cox) já teve mais sucesso com os seus livros…
Mas tudo está preste a mudar quando o Ghostface killer volta a matar e o trio de amigos vê-se envolvido por mais uma série de crimes horrendos!
O que torna o franchise Scream realmente diferente é a sua capacidade para gozar de si mesmo, de criticar a sua própria origem e de definir, abertamente perante o público, o seu novo rumo.
Ainda assim, as expectativas seriam mais que muitas e o filme tem dificuldade em cumpri-las na plenitude!
Os protagonistas já não terão o encanto de outros tempos, os twists já não serão tão abismais como outrora e a magia do terror terá perdido um pouco da sua frescura.
Sobra um ritmo incessante, um suspense periclitante e um desconforto constante que nos mantém em estado de alerta do 1º ao último segundo!
Wes Craven está de regresso… sem o brilhantismo de outros tempos mas com a mesma qualidade!
-
Pingback: “Arranha-Céus (Skyscraper)” de Rawson Marshall Thurber – Doces ou Salgadas?