“És o Maior, Meu! (I Love You, Man)” de John Hamburg
Ainda antes de começar este magnífico fim-de-semana de 5 dias, tivemos o prazer de assistir a mais uma antestreia que, por mero capricho, acabou por ver o seu comentário adiado até hoje.
Começa a ser redundante mas, nos dias que correm, praticamente todas as comédias saídas dos EUA estão de alguma forma relacionadas com Judd Apatow! Desde vez ele nem tem qualquer intervenção no processo mas os 2 protagonistas, Paul Rudd e Jason Segel, são nada mais, nada menos, do que 2 habitués nas suas obras (tendo, inclusive, partilhado a grande tela em duas das suas obras: Knocked Up e Forgetting Sarah Marshall).
Em linha com os seus mais recentes desempenhos, ambos confirmam a sua disponibilidade e apetência para um estilo de comédia mais coerente ainda que, desta vez, colocando de parte alguma da agressividade (e maluqueira) própria do cinema made in Apatow.
Mais comedido do que os seus pares, o realizador John Hamburg (argumentista de Um Sogro do Pior/Meet the Parents e respectiva(s) sequela(s)) demonstra toda a sua qualidade para criar momentos divertidíssimos explorando sobretudo o contraste de personalidade entre os protagonistas (e respectivos actores), embora se note, com o passar dos minutos, a ausência de algo realmente inovador.
Prestes a casar com Zooey (Rashida Jones), o mediador mobiliário Peter Klaven (Rudd) depara-se com a “perigosa” realidade de não ter um verdadeiro amigo que possa ser o seu padrinho de casamento. Incitado pela futura esposa e demais familiares, ele irá encetar uma intensa pesquisa por um amigo (do sexo masculino).
Depois de alguns embaraços iniciais Peter irá-se deparar com Sydney Fife (Segel), a sua antítese espiritual e moral, que lhe irá demonstrar que na vida nem tudo tem de ser programado, correcto, consequente.
Até quando as suas diferenças serão encaradas como um complemento e não como um fardo, na sua bizarra relação?
Embora o filme se desenrole em torno dos 2 improváveis amigos, seria desleal não mencionar a presença de J. K. Simmons (Spider-Man) e Jon Favreau (realizador de Iron Man), em 2 pequenos mas intensos papéis que nos proporcionam alguns dos melhores momentos cómicos do filme.
Pessoalmente, esperava mais.
Como tenho vindo a defender, após alguns anos de desleixo, a comédia norte-americana tem demonstrado um aumento de qualidade e de descaramento que a aproximou não só dos seus espectadores inteiros mas (quero acreditar) de um mercado cada vez mais global.