“Sexo e a Cidade 2 (Sex and the City 2)” de Michael Patrick King

Infelizmente não foi possível cumprir com prometido e deixar-vos durante as minhas férias com os comentários a todos os filmes que tenho em atraso…
Mas isso não quer dizer que o cinema tenha estado totalmente ausente… e lá conseguimos “encaixar” uma sessãozita!
E deixem-me confessar-vos que nunca antes estive numa sala onde a proporção entre mulheres e homens fossem tão femininamente desequilibrada!

Depois no sucesso planetário da adaptação inicial da série de culto norte-americana à 7ª arte, 2 anos bastaram para que nova incursão fosse apresentada!

Continuando a história da 4 inseparáveis amigas de New York, Michael Patrick King avança um pouco mais nas suas vidas, explorando temáticas como a parentalidade, a monotonia familiar, os contratempos profissionais e … a menopausa!

Na sua essência a temática até poderia ser bastante cativante porém, ela é relegada para 2º plano em favor de um constante desfile de moda e vaidades, regados por uma opulência frívola e (até) exagerada… nos dias que correm!
O mundo pode estar a desabar mas o que interessa às mulheres (pelo menos àquelas retratadas no filme) é saber se o vestido e o calçado (a maquilhagem, o penteado, os adereços, etc.) que trazem é suficientemente fashion para elas sobressaírem da maioria!

Aquilo que outrora foi um sinónimo da revolução sexual dos anos 90, tornou-se numa imensa feira de vaidades!

As mulheres que me perdoem (especialmente a minha!) mas se a tão propalada emancipação feminina se resume a férias extra-conjugais com as amigas, uma mudança de guarda-roupa de luxo a cada 30s, testosterona em quantidades industriais e doses excessivas de homossexualidade (sobretudo masculina!), então, se calhar, será melhor rever o propósito de tudo isto!

Depois de um começo promissor, com uma viagem retrospectiva até aos míticos anos 80, onde observamos com era a vida de Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda, quando se conheceram pela 1ª vez, retomamos a sua existência em pleno séc. XXI.
E aí começam os problemas… os delas… e os nossos!
Uma série de improváveis imprevistos irá conduzi-las até Abu Dhabi, a “nova” capital do Médio Oriente ou a vida de opulência e luxo contrasta em absoluto com algumas das suas mais profundas tradições. Lá a 4 amigas irão passear o seu charme e semear confusão… mas tudo em favor de uma irreverência natural!

Bem sempre que estou longe de ser o público-alvo do filme em questão mas isso não será razão suficiente para que não o possa avaliar da forma mais imparcial possível! Aliás, bastará ler o meu comentário ao 1º filme para perceber que não estimulo nenhum preconceito perante este universo tão peculiar.

Infelizmente não acredito que o filme tenha seguido o rumo desejado, deixando a nu uma evidente falta de ideias ou de coerência perante as exigências do mundo (e do cinema) actual.
No final, salva-o algumas cenas bem estruturadas, um cenário deslumbrante, a cumplicidade das 4 protagonistas e, como não podia deixar de ser, um guarda-roupa de eleição!

Ainda assim, não temo em afirmar que o melhor do filme é mesmo a música da Alicia Keys… divinal!

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