“Sem Tempo (In Time)” de Andrew Niccol

Um filme que faz lembrar bem mais os blockbusters de Verão do que os ambientes mais soturnos do Outono/Inverno.

Justin Timberlake é suficientemente convincente e Amanda Seyfried (Mama Mia!) não parece a mesma… juntos os dois jovens parecem deixar transparecer a cumplicidade certa para protagonizar esta história futurista mas não assim tão distante dos nossos dias!

Num mundo em que o tempo (de vida!) tornou-se da única moeda de troca, alguns vivem o dia-a-dia nem saber se será o seu último enquanto outros… têm tudo!

Will Sallas (Timberlake) é um honesto trabalhador dos subúrbios a quem é dada uma dádiva de vida, no preciso momento em que uma tragédia assombra a existência…
Já Sylvia (Seyfried) é a mimada filha de um poderoso mas inseguro magnata a quem a vida parece um encadeamento de dias sem significado e… vida!
O acaso, os seus ideias em comum e a procura de novas emoções irá juntá-los numa epopeia em nome de um futuro melhor… para todos!

Apesar de agrupar registos tão díspares, Andrew Niccol mantém um convincente nível de qualidade, a que não é alheio a sua vocação para aliar à realização, o seu talento como argumentista.

Ainda que a maioria das suas obras tenham como fio condutor uma leve dose de ficção científica, pressente-se igualmente uma preocupação social, em avaliar os limites do ser humano e o seu comportamento perante situação extremas. Sem dúvida, conceitos demasiado pesados para um filme de entretenimento… mas que acabam por representar o que de mais genuíno o filme tem para oferecer.

Dos desempenhos nota para o esforço de Cilliam Murphy em dar credibilidade a uma personagem que podia ter outra relevância em favor de uma obra mais completa.
Resta um filme agradável com uma premissa curiosa mas que se esfuma na preocupação em “promover” os seus dois protagonistas.

É bonzinho… apenas!

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