“ATM – Armadilha Mortal” de David Brooks

Vi o trailer, pareceu-me uma mistura de Phone Booth (de Joel Schumacher) com Identity (de James Mangold), ou seja, claustrofobia e suspense. Agradou-me.
Fui ver o filme e… fiquei tão desiludido!!

Confesso, desde já, que não sou, nem de perto, fã do género! Tenho as minhas sérias dúvidas (e até algum preconceito) quanto à qualidade e o esforço que Hollywood deposita na maioria dos filmes deste tipo, limitando-se muitas vezes em repetir fórmulas mais que gastas, mas tinha esperança que esta fosse uma daquelas excepções.

Enquanto se preocupa em criar a dúvida e em manter-nos num elevado estado de alerta, o filme até cumpre os seus predicados mas, o mínimo que se pode dizer é que, a partir de certa altura abate-se um profundo sentimento de desleixo e desinspiração que nos arrasta até um entediante desenlace.

Josh Peck, Brian Geraghty e Alice Eve até conseguem manter alguma compostura, perante a situação mas David Brooks acaba por revelar uma fraqueza exagerada na cadeira de realizador e o argumento de Chris Sparling – que em 2010 assinou o promissor Buried – revela demasiadas lacunas para justificar a expectativa criada em seu redor!

Após mais uma noite de convívio, 3 jovens colegas de trabalho (Peck, Gerahty e Eve) regressam a casa no mesmo carro. No caminho e apesar do frio intenso que se sente, optam por parar numa caixa de multibanco isolada no meio de um parque de estacionamento.
Seria algo perfeitamente normal não fosse o homem que os aguardava à porta do ATM. Receosos das suas intensões os 3 jovens mantém-se no interior da cabine, até que algo verdadeiramente tresloucado sucede…

E aqui começam os problemas do filme. Faltam motivações, faltam explicações, falta sentido a algumas das decisões e falta, inquestionavelmente, talento para tornar uma boa ideia inicial (com elevado potencial) numa obra minimamente aceitável.

Talvez os verdadeiros fãs do género consigam encontrar no filme outros valências que escapam ao comum dos cinéfilos.
Quanto a mim, todas as experiências são enriquecedoras… mas há sempre algumas mais gratificantes que outras.

IMDB
Trailer