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“Margin Call – O Dia Antes do Fim” de J.C. Chandor


Assim culminamos o nosso périplo pelos filmes mais conceituados de 2011 (dos nomeados aos Oscars falta apenas A Better Life, ainda inédito entre nós!).
E de que maneira!

Margin Call é um daqueles filmes que devia passar nos cinemas, televisões e rádios de todo o mundo, de forma a TODOS perceberam que, de facto, nos aconteceu!

Mas bem, antes de percebemos o que aconteceu no fatídico ano de 2008, ficamos a perceber o que acontece todos os dias. Enquanto a maioria tenta juntar uns trocos, há uma meia dúzia (de milhares) de iluminados (muito espertos!) que vivem com salários de 20.000, 200.000, 2.000.000 euros por mês. E não pensem que isso acontece apenas em Wall Street ou na City.

Essa gente, sendo que muitos deles não fazem mais do que gerir (e viver d)o dinheiro dos outros, entretêm-se a brincar aos milhares e milhões como se de uma simples mesada de criança se tratasse.
Mas, o argumento de J.C. Chandor (justamente nomeado ao Oscar) vai muito para além do dia-a-dia dessa escumalha. Recheado de estrelas de inegável qualidade, onde se destacam Jeremy Irons, Kevin Spacey, Stanley Tucci, Demi Moore, Paul Bettany ou Zachary Quinto, o filme acompanha o Dia (ou melhor a Noite) que antecedeu o principio da imensa crise financeira que abalou os mercados.

Oliver Stone (em Wall Street 2) tinha alertado para a recorrência destas catástrofes financeiras que atingem milhares e fazem cócegas aos verdadeiros culpados! Mas Chandor é bem mais cáustico e incisivo! Coloca-nos a par dos protagonistas, faz-nos ponderar das consequências das suas acções e deixa-nos acompanhar o seu egoísmo e falta de

Margin Call é, em definitivo, o filme que esclarece A+B o que aconteceu para estarmos a viver a maior crise dos tempos modernos. E se o filme toca apenas ao de leve “na água que encheu o copo”, é totalmente parcial e implacável no que diz respeito “à gota que o fez transbordar”!

É verdade que o filme, volta e meia, esquece que nem todo o público está a par de alguma terminologia e deixa-se levar por uma ou outra explicação mais técnica e economicista.
Mas meus caros, o resultado está à vista de todos e a culpa reside, em larga escala, nos ombros de meia dúzia de multi-bilionários que não estavam dispostos a prescindir da sua vida de luxos exorbitantes, prazeres reprováveis e vícios doentios.

Entretanto quem ganhou mais com tudo isto acabou mesmo por ser J.C. Chandor.
Deixou, desde logo, a sua marca na 7ª arte (logo no filme de estreia) e prepara-se para lançar, no próximo ano, All is Lost com Robert Redford como protagonista.

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