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“Sangue Quente (Warm Bodies)” de Jonathan Levine


O preconceito tem destas coisas!
A primeira vez que vi este cartaz aqui ao lado (não terá mais de 3-4 semanas) e que li as primeiras ideias sobre o filme em questão, pouco mais me passou pela cabeça do que “mais uma xaropada sem ponta por onde se pegue”. Verdade!

Entretanto começaram a surgir indicações em contrário. Opiniões otimistas da antestreia nacional, o sucesso da sua estreia nos EUA e os primeiros comentários nas redes sociais, despertaram, em mim, uma sádica curiosidade em saber o que poderia estar por detrás desta aparente sonsice.

E não é que estava plenamente enganado!!

Warm Bodies é, indubitavelmente, a GRANDE surpresa deste início do ano! Praticamente do nada (apesar de tanto informação que circula hoje em dia pela net, este surgir mesmo do nada!), esta comédia romântica com zombies, esqueletos e algum “canibalismo” é um daqueles filmes que perdurará durante bastante tempo na memória de todos nós.

É difícil de descrever mas mesmo para lá de algumas incongruências e fragilidades no argumento, a história é realmente fantástica. O jovem realizador Jonathan Levine que ainda o ano passado assinou um dos mais inconvencionais filmes do ano, 50/50, volta a dar ar fresco e magia a um género que se pensava esgotado, dando “nova vida” a um peculiar grupo de zombies!

R (Hoult) é o nosso protagonista, um zombie devorador de seres humanos (não há outro forma de colocar a questão!) que sente-se preso a um corpo e a um estado que não aprecia. Porém, a epidemia que assolou o planeta, transformou muitos humanos nestes mortos-vivos, fazendo de R um entre milhões.
A sua “existência” irá mudar por completo quando salva Julie (Teresa Palmer), uma humana com sangue quente a correr nas veias, de um ataque sangrento. A química entre os dois é quase imediata e as consequências imprevisíveis.
Afinal, poderá o Amor tudo mudar?

Apesar de alguns momentos mais sugestivos, Warm Bodies é, na verdade, um filme para todos. Uma obra peculiar mas tão doce como nunca seria de esperar!
Ainda hoje, ao escrever estas palavras, me faz extrema confusão ter bem presente a ideia inicial do que seria (ou esperaria que fosse) o filme. Não me recordo nos últimos anos de estar tão enganado relativamente a um filme! Confesso.

Para lá do trabalho de Levine – o céu começa a ser o limite para este fantástico realizador – será obrigatório destacar o desempenho do jovem ator inglês, Nicholas Hoult, que há 11 anos atrás brilhou pela primeira vez na 7ª arte junto a Hugh Grant em About a Boy (lembram-se?). O seu futuro é bastante promissor, não restam, agora, dúvidas. A caracterização ajuda (e muito!) mas é preciso ter talento para fazer de herói românico por debaixo do corpo de um morto-vivo, ok!?!

Em vésperas de Dia dos Namorados, Warm Bodies revelou-se o programa ideal para o dia mais romântico do ano. É preciso, certamente, uma dose extra de coragem e confiança para escolher este filme para um serão tão importante mas duvido que algum casal saia desiludido com a opção.

Parece mentira mas um voraz grupo de zombies e um assustado grupo de humanos é tudo o que precisamos para voltar a acreditar que… o Amor pode tudo!

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