“Olhos de Lince/Eagle Eye” de D.J. Caruso

Um ano depois de terem surpreendido com Disturbia, DJ Caruso e Shia Labeouf voltam às respectivas funções de realizador e protagonista, para mais uma sessão de intriga e aventura made in USA.

Depois do claustrofóbico espaço de uma habitação onde o protagonista se encontrava restrito, deste vez a acção atinge uma dimensão bem mais global e omnipresente.

Está lá o mesmo ritmo vibrante, a mesma alegria em trazer coisas novas mas, também, as ratoeiras que o condicionam e fazem lembrar algumas obras recentes.

Chantagem, teorias da conspiração, controlo absoluto (aliás sub-título que o filme assumiu em alguns mercados), coragem, improvisação e as ameaças terroristas, são alguns dos dogmas revisitados. O desenlace encontrado acabou por ser o mais fácil. Talvez mais apelativo a um público mais jovem mas não necessariamente aquele que permitirá ao filme atingir outro patamar.

Quando Jerry Shaw (Shia Labeouf) descobre na sua conta bancária 700 mil dólares devia ter desconfiado que algo de estranho lhe estava para acontecer. Ao entrar em casa depara-se com uma imensa quantidade de artigos próprios do mais temível terrorista e depois aquela voz feminina no telemóvel a avisá-lo para fugir… tarde demais!
No outro lado da cidade, Rachel (Michelle Monaghan) aproveita a viagem de estudo do seu filho para uma noite com as amigas porém, o seu telemóvel toca e ouve-se a mesma voz. De repente, a imagem do seu filho aparece por breves momentos no ecrã do restaurante e…
Inadvertidamente unidos, ou talvez não, os dois serão impelidos a cumprir as ordens que recebem!
Entretanto, os agentes Tom Morgan (Billy Bob Thorton) e Zoe Perez (Rosario Dawson) e o Secretário da Defesa Callister (Michael Chiklis), seguem ao seu encalço tentando perceber o que está por detrás de uma série de acontecimentos que se interligam até chegar a Jerry e Rachel.

Mais um passo seguro na carreira de um dos mais promissores actores da sua geração. Shia Labeouf vê-se aqui rodeado de actores de qualidade e sobretudo do seu realizador predilecto, DJ Caruso, também ele, um nome cada vez mais em voga em Hollywood.

Em suma, um refrescante divertimento que a momentos pareceu querer ser enorme mas que se contentou em ser bonzinho … e as pipocas souberam TÃO BEM!

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