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“Exterminador Implacável: Destino Sombrio (Terminator: Dark Fate)” de Tim Miller

Há duas ideias que sintetizam, em poucas palavras, este Dark Fate.

A primeira é que estamos perante a melhor sequela da série desde Judgment Day… o qual permanece, destacadamente, como o melhor filme da saga.
A segunda é que (especialmente depois dos insossos Rise of the Machines, Salvation e Genisys) não basta repetir a mesma fórmula – mesmo que de imenso sucesso – de T2 para termos um bom filme. 35 anos depois de James Cameron, Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton terem iniciado este fascinante conceito futurista do Planeta dos Robots, exige-se mais criatividade, mais engenho, mais imaginação. Exige-se, sobretudo, mais!

Não basta Linda Hamilton. A veterana atriz é, sem dúvida, o grande destaque deste Dark Fate, assumindo pleno protagonismo do novo enredo da saga. Bad Ass q.b., mãe e vingadora, Sarah Connor está de volta à saga, mesmo que a sua carta de intenções seja um imenso queijo suíço. A consistência da sua (nova) história, e já agora também a de Carl (Scwarzenegger), são, no mínimo, bastante questionáveis e de complexo encaixe (mesmo) no universo Terminator.

O Dia do Julgamento Final, tal como visionado por Sarah Connor (Hamilton) não chegou a acontecer! A Skynet nunca se materializou, mas isso não quer dizer que o mundo não continue sob a latente ameaça de se ter tornado governado por Robots.
De um novo futuro, chega Grace (Mackenzie Davis), mas também Gabriel (Gabriel Luna). E se a soldado do futuro tudo fará para proteger Dani Ramos (Natalia Reyes), a missão do novo exterminador é exatamente o oposto!

A partir daqui já dá, mais ou menos, para ver onde o filme nos leva. Uma ou outra surpresa, algumas nuances típicas do ambiente cinematográfico que se vive atualmente mas, no geral, a mesma trama que vem sendo repetida desde o genial Terminator 2.

Visualmente o filme cumpre plenamente a sua função com um misto de novidade e homenagem ao histórico da série (nomeadamente aos 2 primeiros capítulos, já que os demais são totalmente posto de parte por Tim Miller).
Tirando partido dos avanços tecnológicos ao serviço da 7ª arte – especialmente se tivermos presente que T2 já estreou há 28(!!) anos – o filme amplifica o efeito e dobra a intensidade. Praticamente sem tempos mortos, a ação é contínua e espetacular.

Por ventura, a maior surpresa do filme, reside precisamente no nome do seu realizador, Depois de ter quebrado (todas as) barreiras – inclusive a – em Deadpool, Miller parece ter-se resignado ao legado de James, Linda e Arnold, pouco mais fazendo que do tentar atualizá-lo.
Pouco, muito pouco, para um realizador que trazia consigo toda uma aura de coragem e brilhantismo… e que sai bastante chamuscado desta sua segunda experiência atrás das câmaras.

Pior, só mesmo o facto de se ter percebido a preocupação em deixar pistas para os próximos capítulos, quando começa a ser evidente que perante as dificuldades do filme em encontrar o seu público, sobretudo nos EUA, começa a ser bastante complicado o avanço para novas sequelas.

Talvez Miller mereça o benefício da dúvida.
Já este Dark Fate é, para muita tristeza nossa, uma oportunidade perdida.

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