“O Combio das 3 e 10 (3:10 to Yuma)” de James Mangold
Quando no passado mês de Setembro vos falei deste filme (Antevisão), a expectativa que chegasse aos Oscars era grande. No final de Janeiro ficamos a saber que só estava nomeado para duas Estatuetas (Melhor Banda Sonora e Melhor Som). Agora fiquei a perceber o porquê!
Apesar da magnífica interpretação da dupla de actores, Christian Bale e Russell Crowe, falta ao filme aquele toque especial que torna obras boas em obras memoráveis. James Mangold não conseguiu transpor essa barreira e, diga-se em abono da verdade, a história também não ajudava muito. Restou um western dos antigos, ou seja, muitos tiros, alguma “comboyada” mas sem a intensidade necessária para deixar a sua marca em pleno século XXI.
Bale volta a confirmar a sua capacidade de interpretar qualquer personagem, dotando Dan Evans, o rancheiro à beira da falência que a troca de uma avultada quantia de dinheiro decide escoltar o temível fora-da-lei, de uma força e de uma fragilidade imensa (aliás bem ao estilo do que já tinha feito em Rescue Dawn). Crowe transmite a Ben Wade, o astuto e perigoso pistoleiro, um tom jocoso e amigável mantendo-nos em constante dilema entre o considerar apenas um bandido ou um assassino.
Uma palavra, ainda, para dois “jovens” actores que acompanham cada uma das vedetas. Logan Lerman no papel de filho mais velho de Dan e Ben Foster como Charlie Prince, o irescível nº2 do bando de Ben. E, por fim, a banda sonora, nomeada para um Oscar, demonstrando mais uma vez que os westerns são, sem dúvida, um dos géneros favoritos dos compositores de cinema.
Numa altura em que os filmes nomeados aos Oscars começam a chegar (TARDIAMENTE!!) às nossas salas de cinema, poucas pessoas irão dar a devida atenção a este filme.
É uma pena, pois merecia um pouco mais!
Mas, também, é verdade que o filme fica um pouco aquém das expectativas!