“A Pantera Cor-de-Rosa 2 (The Pink Panther 2)” de Harald Zwart
Há 3 anos atrás Steve Martin recuperava a famosa personagem imortalizada por Peter Sellers, o Inspector Clouseau e a sua Pantera Cor-de-Rosa, assumindo-se não só como protagonista mas, igualmente, como argumentista desta reinvenção do trapalhão detective francês!
Apesar das mornas reacções obtidas, 3 anos volvidos eis-lo de volta à personagem, acompanhado por um elenco mais completo, uma comédia mais infantil, um cenário maravilhoso (Paris/Roma) e um realizador europeu.
Por falar em Harald Zwart, ele conta no seu curriculum, nos EUA, apenas com o indescritível e infantil Agent Cody Banks mas, como assim, o filme pertence mesmo a Martin, por isso deixemos o realizador em paz!
Steve tem alternado na sua longa carreira comédias desnecessárias com outras memoráveis.
Desta vez a tendência seria inteiramente para a 1ª alternativa. No entanto, devemos reconhecer que a Pantera Cor-de-Rosa cai-lhe que nem uma luva. Goste-se ou não do estilo, das piadas, da história e daquele horrível sotaque francês, a verdade é que (a reinvenção d)o Inspector Clouseau parece co-existir com o actor!
O zeloso Inspector é desta vez incorporado num grupo internacional de super-detectives, juntamente com o perspicaz inglês Pepperidge (Alfred Molina), o sedutor italiano Vicenzo (Andy Garcia), o engenhoso japonês Kenji (Yuki Matsuzaki) e a enigmática e exótica Sonia (Aishwarya Rai). Esta task-force inter-cultural tudo fará para capturar um famoso ladrão de artefactos valiosíssimos, conhecido apenas por El Tornado.
De regresso estão igualmente Jean Reno e Emily Mortimer, como Ponton e Nicole, eternos aliados do inspector francês.
Entre Paris e Roma, o estilo peculiar de Clouseau não deixará ninguém indiferente. Fora alguns momentos mais disparatados, o filme até acaba por ser um bom divertimento (especialmente perante uma sala de cinema repleta!).
Nesta altura em que os Oscars são o tema de conversa obrigatório entre cinéfilos é sempre bom ser algo completamente diferente!
Nunca será uma obra-prima mas também não machuca ninguém!
E nesta altura carnavalesca, sabe bem rir e sorrir, nem que seja por 1h30!