“Salt” de Phillip Noyce
“Who is Salt?“
É o desafio lançado, desde logo, no poster do filme!
Bem, antes de mais convém esclarecer que Evelyn Salt (ou melhor E. Salt) era… Tom Cruise!
Após o abandono do actor e realizadas as devidas alterações, o/a protagonista do filme mudou de sexo e o projecto foi entregue a Angelina Jolie.
Depois de ver Knight & Day, resta-nos… agradecer a Tom pela sua decisão!
Rezam as crónicas que Jolie desempenhou grande parte das suas cenas de acção, demonstrando que essa história do sexo forte é, cada vez mais, uma discussão dúbia!
Independetemente do (intenso) uso de duplos ou não, a verdade é que a actriz norte-americana, embaixadora da Boa-Vontade da ONU, demonstra, em cada cena de acção, uma energia e uma autenticidade de fazer inveja a muitos durões que por aí andam!
Já o tinha demonstrado em outras ocasiões (nomeadamente Tomb Raider), mas Angie volta a comprovar que tem a versatilidade necessária e (mais que) suficiente para encarnar tanto a mais débil das donas de casa, como a mais destemida das agentes secretas.
Goste-se ou não do estilo (tanto à frente como longe das câmaras), o talento multifacetado da actriz será indiscutível. Seja no mais intenso melodrama, como no mais exigente dos filmes de acção, Jolie consegue fazer-nos crer… e isso é a tarefa primordial de qualquer actor!
Voltemos então a Salt.
Espiã norte-americana, ao serviço da CIA, com uma longa lista de operações, Evelyn é acusada por um desertor russo de ser, na realidade, um agente duplo!
Tanto o seu passado como as suas atitudes recentes levantam enormes dúvidas quanto à sua lealdade e quando ela começa a semear o terror nas suas hostes, todas as atenções concentram-se numa questão fundamental… Who is Salt?.
Juntamente com Liev Schreiber e Chiwetel Ejiofor, Angelina Jolie forma o trio de protagonistas deste intenso thriller de espionagem que alterna momentos de puro suspense com outros de incessantes cenas de acção detalhadamente coreografadas.
Para Phillip Noyce, o estilo de filme não será propriamente uma novidade. Junto a Harrison Ford, o realizador australiano assinou 2 adaptações do agente Jack Ryan à 7º arte, com o devido reconhecimento quer da crítica quer do público.
O mínimo que se pode dizer é que não perdeu nenhum do seu talento, acrescentando-lhe umas noções mais actuais do verdadeiro cinema de entretenimento (intelectual).
Li algures na net que Salt trata-se, de forma sucinta, de um Jason Bourne no sexo feminino…
Salvo as devidas diferenças e enquadramentos, parece-me uma comparação que não fica mal a nenhum dos filmes!
Entretanto até já se fala de uma possível continuação… deve ser para ficar ainda mais parecido com o seu “irmão mais velho”.
Venham eles(as)!