“O Segundo Exótico Hotel Marigold (The Second Best Exotic Marigold Hotel)” de John Madden

O Exótico Marigold Hotel está longe de ser o típico franchise cinematográfico mas depois do sucesso alcançado em 2012 não havia idade, rabugice ou espiritualidade indiana que impedisse a devida sequela.

The Best Exotic Marigold Hotel encantava pela simplicidade e leveza com que conjugava os anos dourados de um grupo experiente de britânicos com a ingenuidade e determinação de um jovem casal indiano. Algures a meio caminho tudo fazia (bem mais) sentido.

Se o primeiro empreendimento acabou por revelar-se um investimento certeiro, nada mais lógico do que explorar uma possível expansão, atraindo mais hóspedes, dando mais protagonismo aos mais jovens e continuando a profundar as riquezas espirituais (e não só) de um dos mais jovens e efervescentes países do mundo.

John Madden convenceu todo o elenco a regressar e deu-lhes a oportunidade de continuar a explorar o “lado bom da vida”. A Índia permanece, naturalmente, o palco das aventuras e vivências deste improvável, inseparável e heterogéneo grupo bons amigos que reencontrou no próximo – e em si mesmo – uma renovada sede de vida.

Perante o sucesso do seu projeto, Sonny (Dev Patel) e a sua nova parceira de negócios, Mrs. Donnelly (Maggie Smith), procuram expandir o negócio, sonhando em abrir um Segundo Marigold Hotel. Mas as novidades não se ficam por aqui. Sonny prepara o seu casamento com Sunaina (Tina Desai), dois novos clientes chegam ao hotel (Richard Gere e Tamsin Greig) e os hóspedes regulares prosseguem a sua ambientação a nova(s) realidade(s).

Longe de ser o típico franchise – tipologia geralmente direcionada para comédia, filmes de aventura ou de super-heróis – o sucesso deste segundo filme deve-se sobretudo à empatia que vamos sentindo para com as personagens principais e, obviamente, ao encanto produzido por um país e uma cultura cativantes.

Pequenas subtilezas, lições de vida, inseguranças sem limite de idade e uma mistura certeira entre humor (britânico) e vida real são os trunfos de um filme competente e agradabilíssimo.

É um deleite presenciar tanto talento…

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