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“Divertida-Mente (Inside Out)” de Pete Docter e Ronaldo Del Carmen


Depois de uma ou outra experiência mais “normal”, a Pixar volta a apostar forte… e a deslumbrar.

Só de ter contacto com o (incrível) conceito que dá corpo a este Inside Out já foi suficiente para ficar rendido ao que haveria de nos chegar. É que bastava à Pixar cumprir os “serviços mínimos” para ser grandioso.

Bem, e o que nos chega é realmente fantástico. Toda a construção da mente de Riley (e dos seus pais) é puro encanto para os nossos olhos sentidos. Perante a forma concisa, imaginativa, sentida e nostálgica como a mente é (des)construída, resta-nos ver e… sonhar.

Memórias, lembranças, reflexos de personalidade, emoções, decisões. A nossa mente é um poço de surpresas e de diversão. E dentro da cabeça de uma pequenina (mas irreverente) menina estão reunidos todos os ingredientes para se construir uma nova página de ouro no universo Pixar. Estatueta dourada incluída!

A única ressalva fica para a forma algo abrupta como o filme culmina. Com um terceiro acto demasiado curto e, sobretudo, mais preocupado em piscar o olho ao futuro (leia-se sequelas) do que em dar seguimento a uma fantástica história, perde-se a oportunidade de fazer algo maravilhoso.

Alegria, Tristeza, Raiva, Repulsa e Medo são as 5 emoções que controlam o comportamento da pequena Riley (e de qualquer um de nós). A primeira década da sua vida gerou uma considerável dose de boas “notícias” mas quando Riley e os seus pais se mudam do Minnesota para San Francisco, uma série de infortúnios irá colocar em causa toda a estabilidade criada… isso ou Joy e Sadness perdem-se por entre as memórias de Riley e encetam um longo e perigoso “regresso a casa”.

Destaque final para a experiência portuguesa de Inside Out.
Primeiro, a qualidade e assertividade do título nacional (Divertida-Mente), quiçá mais bem conseguido do que o próprio título original.
Segundo, o desempenho vocal de Custódia Gallego como Tristeza. É assumida a minha estranheza perante as versões dobradas dos filmes de animação mas neste caso específico vejo-me obrigado a “tirar o chapéu”.

A mente é um local estranho. E divertido!

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  1. Eu preferi ver a versão original, por causa da Mindy e da Amy.

    "Divertida-Mente": 5*

    Estava reticente acerca de "Divertida-Mente" pois é um filme de animação e já não sou muito fã, mas surpreendeu-me pela positiva.
    Este filme é fantástico e recomendo que vejam "Inside Out", pois tem uma maravilhosa história e mexe com os nossos sentimentos.

    Cumprimentos, Frederico Daniel.

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