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“Pai Há Só Um! (Daddy’s Home)” de Sean Anders

Podem não acreditar mas Will Ferrell e Mark Whalberg (especialmente o primeiro) conseguiram NÃO abacalhar o filme. Sem necessidade de bolinha vermelha ou de pipocas (mais) apimentadas, Daddy’s Home é (eu sei, parece mentira) um filme para toda a família.

Depois co-protagonizarem The Other Guys, Will e Mark voltam a juntar esforços em nova comédia mas que ao contrário da larga maioria das produções do género made in USA, o filme de Sean Anders recusa-se a “viver” do humor mais banal. Ao invés, completa os sorrisos e as gargalhadas com um pouco de “moral da história” e “lições de vida” perspicazes e proveitosas. Quem diria, hein!!

Permanentemente na corda bamba, Daddy’s Home parece que a qualquer momento vais descarrilar e transformar-se num enorme desastre porém, o filme segue o seu rumo, desviando-se de todas as habituais armadilhas e facilitismos. E, quando a última cena nos deixa com um enorme sorriso nos lábios é porque eles fizeram algo de imprevisivelmente muito certo.

Brad Whitaker (Ferrell) é o padrasto. Dusty Mayron (Wahlberg), o pai ausente. Dono de casa, pai de família, provedor, bom marido, amigo, com ouvinte, altruísta, de um lado. Do outro, fanfarrão, aventureiro, despreocupado, gabarolas, charmoso e astuto. O duelo está lançado. Que o melhor homem pai ganhe!

Sean Anders que já tinha assinado o certeiro Horrible Bosses 2, está em maré alta, correndo o sério risco de se tornar numa referência de um género (cinematográfico) que se perde a cada ano nos EUA. Tal como as andorinhas, não são dois filmes que fazem uma carreira (ou a Primavera) mas é já um prenúncio bastante positivo.

Da dupla de protagonista nada a acrescentar. Depois de “meterem o pé na poça” na sua anterior colaboração, Mark e, especialmente, Will fizeram as pazes com o público (europeu) e mesmo sem desempenhos de encher o ecrã. demonstram, dúvidas houvesse, que não é necessário ser reles para ter piada (nos EUA).

Um filme que certamente irá fazer as delícias de toda a família daqui a uns anos quando chegar à TV. Para já, no cinema, o preconceito será demasiado negativo para lhes garantir o devido reconhecimento e adesão.

Foi bom… e não estava à espera.

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