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“Um Homem de Família (A Family Man)” de Mark Williams


É a nossa última crítica a filmes estreados em 2017, pelo menos até chegaram à TV.

Nada contra, a obra de Mark Williams, bem pelo contrário. No entanto, por esta ou aquela razão acabou por resvalar para 2018 mas ainda a tempo de uma reflexão profundo sobre a temática do filme.

Antes de avançarmos nota (de rodapé) para Gerard Butler. O ator escocês, tal como temos vindo a afirmar, parece bem mais à vontade em filmes mais musculados mas, não restam dúvidas, da sua versatilidade e competência. A Family Man é a prova (mais recente) disso mesmo!

Relativamente ao filmes, o grade destaque vai para o coro de “baba e ranho” que se ouviu na sessão a que assisti. A sala não era das maiores, estariam pouco mais de 20 pessoas presentes mas o bastante para partilhara BEM ALTO as suas emoções. O filme pode ser simples, ter as suas limitações narrativas, uma mensagem que nos cansamos de tentar repassar a nível pessoal e profissional mas se tem aquele impacto em meia dúzia de pessoas que se juntam de forma totalmente aleatória para o ver, já cumpriu a sua missão.

Longe dos astronómicos resultados de bilheteira ou dos grandes eventos da atual cultura pop – que muitas vezes resultam em pouco ou quase nada de relevante – se um filme tem a capacidade de envolver, tocar e mexer com a plateia DAQUELA forma, é já um vencedor.

Pode-se sempre argumentar que seguiu o caminho mais fácil mas quantos não o fazem e como resultado temos simplesmente um punhado de nada?

Dane Jensen (Butler) é um profissional implacável. Headhunter de profissão, o seu trabalho de caçador de talentos e recrutador vai muito para lá para típica empresa de seleção e escolha de candidatos. A paixão que deposita em cada tarefa é proporcional ao chorudo cheque que recebe a cada mês. Mas para o fazer, Dane sai de casa, nos subúrbios de Chicago, quando os filhos mal estão acordados e quando regressa, muitas vezes, limita-se a aconchegá-los na cama. Até que o mundo de Dane desaba…

O filme vai mais além, abordando diferentes questões relacionadas com a vida familiar e a dificuldade em conciliar trabalho, lazer e a vida parental. E tem até um final a condizer.

A verdade é que Gerard Butler tem, também, carisma e presença para fazer filmes mais introspetivos e sérios. Há um misto de seriedade, emotividade e paixão que o ator transporta para o seu desempenho e com o qual facilmente nos podemos identificar.

Referência ainda para um trio amplamente heterogéneo – Alison Brie, Willem Dafoe e Alfred Molina – mas que contribui, cada um à sua maneira, com apraz naturalidade e relevância para um enredo bem conseguido e atual.

Foi bastante emotivo, daquela emoção que faz falta a muitos dos filmes que por estes dias enchem as nossas salas de cinema e preenchem as listas de nomeados aos prémios de melhores do ano.

    

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