“A Proposta (The Proposal)” de Anne Fletcher

Depois do “abandono” de Meg Ryan como namoradinha da América, Sandra Bullock resta como uma das principais e mais profícuas protagonistas de comédias românticas made in USA.

15 anos depois de ter despontado para as luzes da ribalta (juntamente com Keanu Reeves) no electrizante Speed, Bullock volta a dar cartas nesta agradável comédia romântica, desta vez tendo como parceiro uma das caras novas do cinema norte-americano (apesar dele ser, na realidade, canadiano!), Ryan Reynolds. Depois de parceiros como Ben Affleck, Hugh Grant ou Benjamin Pratt, o rejuvenescimento do seu parceiro faz, também, com que ela ganhe um novo fôlego! Apenas coincidência?

Depois de filmes menores como Premonition ou mesmo Infamous, Bullock regressa ao seu género de eleição, assumindo em definitivo as rédeas dos acontecimentos!
Ela representa Margaret Tate, uma implacável editora literária que “obriga” o seu assistente/escravo pessoal (Reynolds) a fingir um namoro, de forma a contornar os seus problemas com o visto de residência nos EUA.
A desconfiança do agente governamental (Denis O’Hare) relativamente ao seu namoro, obriga-os a viajar para Sitka, … no Alaska, afim de Andrew apresentar Maggie à sua família.
Longe do seu habitat natural, ambos revelar-se-ão 2 pessoas totalmente diferentes…

Lugar-comum nas comédias (românticas), o filme explora os contrastes de personalidade e costumes entre duas personagens que apesar de partilharem um gabinete, praticamente não se conhecem (pelo menos ela a ele!). A partir daí o filme tira proveito da experiência e à vontade de Sandra Bullock e do ar de desorientado de Ryan Reynolds, para nos conduzir por entre amores e desamores deste típico casal da actual sociedade capitalista em que o trabalho parece ser a 1ª e única prioridade.

Mas se os protagonistas assumem, naturalmente, as maiores “despesas” do filme, seria injusto terminar sem a merecida referência a Betty White e Oscar Nunez, respectivamente avó de Andrew e o faz-tudo lá da terra. Dois pequenos mas bem-humorados papéis que, cada um à sua maneira, deixam uma marca bem forte em todos aqueles que apreciam os pequenos apartes de uma história honesta.

Numa palavra pode-se dizer que o filme CUMPRE com as expectativas!
… e confirma o estatuto de Sandra Bullock no actual panorama cinematográfico norte-americano!

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