“Planeta 51 (Planet 51)” de Jorge Blanco

Depois de A Christmas Carol, o cinema de animação “volta à normalidade” com este Planet 51. Produção espanhola, o filme (tal como avançado na sua Antevisão) marca a globalização da criação de cinema de animação para o grande público, alargando-se agora ao continente europeu (para lá do UK, ok!).

No entanto, excluindo a origem (do dinheiro e dos realizadores), o filme é todo ele um produto norte-americano que apela a alguns dos seus ideais e valores mais universais: os dourados anos 50, o charme do programa espacial, a descoberta das estrelas, as inovações tecnológicas e o bom barbecue nas traseiras da casa.

Virando a questão do avesso, desta vez são os humanos os aliens que “invadem” outro planeta!
O capitão Chuck Baker estaria longe de imaginar a trapalhada onde se estaria a meter ao aterrar no presumidamente desabitado Planeta 51. A sua intempestiva entrada coloca toda uma cidade de alerta, forçando-o a recorrer aos seus mais elaborados atributos… o seu cabelo louro e o sorriso Pepsodente!
Ainda assim, num planeta tão hostil como este, Chuck irá encontrar auxílio no tímido mas simpático LEM, um jovem adolescente local com coragem e curiosidade suficientes para albergar o seu novo “amigo”.
Perseguido por muitos e idolatrado por uns quantos, Chuck contará ainda com a ajuda de Rover (o seu cão-robô) para voltar à sua nave que se encontra em órbita pronta para regressar à Terra.

Apesar do seu enredo simplista e de personagens deveras simplistas, o filme acaba por manter atento até o mais exigente dos cinéfilos, mais não seja pelas inúmeras referências e homenagens a filmes da mesma temática, já para não falar da pomposa e ternurente recriação dos idílicos anos 50 que servem de cenário à civilização aligena.
Para além disso contamos com a criação de alguns “bonecos” que irão fazer furor em termos de merchandising e de possíveis continuações/diversificações de um produto bem pensado e altamente eficaz.

No que ao cinema diz respeito, o filme posiciona-se claramente como a principal alternativa para as férias de Natal que se avizinham, prometendo entreter os mais novos com uma visão diferente do típico cinema de animação (onde animais falam e os humanos estão ausentes!).
Para muitos será a 1ª incursão pela ficção-científica e pela descoberta de novos mundos…

Escusam de o comparar a Wall-E!
Nem todos os estúdios podem congregar o talento de uma Pixar!

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