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“Moon – O Outro Lado da Lua” de Duncan Jones


Duncan Jones era, até há bem pouco tempo pelo menos, “conhecido” apenas como o filho (mais velho) do cantor e artista David Bowie.
Após a sua estreia no mais recente Sundance Festival, o realizador inglês passou a ser um nome reconhecido um pouco por todo o lado e ou muito me engano ou, em breve, será mesmo uma referência da 7ª arte!

Saído do referido Festival, Moon tem conquistado audiências e, sobretudo, o respeito e a admiração dos críticos da área. Mas, se muito se fala de Duncan, igual ou maior louvor deverá ser atribuído a Sam Rockwell.
Depois de papéis menores em filmes tão consagrados como Frost/Nixon ou The Assassination of Jesse James by…, o jovem actor norte-americano agarra aquilo que se pode chamar “o papel de uma the vida” ao encarnar o solitário astronauta Sam Bell. Num verdadeiro tour de force, Rockwell ocupa em pleno o centro da tela contracenando apenas com “Hal 9000” GERTY (Kevin Spacey) e com …

Num futuro não muito distante encontramos Sam (Rockwell), prestes a terminar o seu périplo de 3 anos na “ultra” moderna estação lunar acompanhando o imprescindível trabalho de extracção do minério que garante a principal fonte de energia (limpa e praticamente inesgotável) da Humanidade.
Um imprevisto colocará em risco a sua vida e despoletará uma série de acontecimentos que colocarão em causa todo o projecto lunar. Que segredos guardará o outro lado da Lua?

Confinado a um espaço exíguo, a câmara de Duncan Jones oscila de forma soberba entre a vertiginosa sensação de claustrofobia e a singela amplitude do espaço vazio. Mas o que será mais melindroso: a solitária imensidade do espaço que o rodeia ou as impensáveis consequências de uma solidão suportada por razões questionáveis?

Porque o filme não se resume a um mero ensaio em redor da evolução da ficção-científica como um género, arrisca muito mais, abordando a condição humana e discutindo alguns dos seus princípios e valores que, mesmo nos nossos dias, começam a ser enunciados e avaliados. Qual será o limite? Estaremos autorizados a lá chegar? Até onde seremos capazes de ir?

Com poucos recursos mas com muita coragem e imaginação Moon arrisca-se, daqui a uns anos, a ser comparável a filmes tão emblemáticos como 2001: A Space Odyssey e, porque não, Alien.

Resta saber se entretanto o público terá a coragem para se render a um filme… de outra dimensão!

NOTA: Quando ao bilhete… bem… ossos do ofício!

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