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“Um Homem Sério (A Serious Man)” de Ethan e Joel Coen


Devo confessar que tentei (com muita força!) gostar da nova obra dos Coen… mas não deu!

Já neste blog (a propósito de Burn After Reading) tinha afirmado que o cinema dos irmãos do Minnesota não é necessariamente No Country for Old Men.
A sua predilecção é algo bem mais abstracto, complexo, genuíno. Uma mistura de humor negro, non sense e uma dose reforçada de… idiotice!

É este o “Mundo dos Coen“, uma personagem débil, uma série de cataclismos e uma redenção espiritual, moral ou alegórica.
Desta vez a vítima é Larry Gopnik (Michael Stuhlbarg), um professor do liceu, judeu de formação e religião que vê o seu mundo desabar de um momento para o outro.
E quanto mais procura uma resposta para o que lhe está a acontecer, a única coisa que encontra são mais problemas, situações ainda mais bizarras, reflexões ainda mais dúbias.

Porém, a história, enleia, enleia e ainda enleia mais um pouco, sem nos levar a lado algum!
Qualquer sujeito “normal” rapidamente terei fugido desse ciclo vicioso e encontrado a sua paz interior bem longe dali… ou pelo menos teria tentado fazê-lo!

Mas é esse o grande plus dos irmãos Coen, a sua capacidade de colocar personagens indescritíveis em cenários inconcebíveis e conseguir, mesmo assim, manter-nos completamente colados à tela… à espera de um rasgo de génio!

Infelizmente, desta vez, não nos conseguem arrancar nada mais do que umas quantas (poucas)risadas e uns quantos (demasiados) abanões da cabeça em sinal de total desespero perante as tolices que nos prepararam.
Mas, afinal, como consegue um filme tão… discutível ser nomeado para o Oscar de Melhor Filme? Será preciso ser norte-americano para o compreender/apreciar? Judeu? Idiota?!?

Como não encontrava em mim a resposta, acabei por fazer algumas pesquisas na internet para ver o que outros cinéfilos tinham a dizer. Na sua maioria (de entre aqueles que o consideravam uma obra maior) apontavam a teoria quântica conhecida por Schroedinger’s cat como a chave para toda esta trapalhada!
… um gato?

Nah!!


Quanto ao convite, a distribuidora não “conseguiu” entregá-los aos seus convidados no dia da antestreia.
Isso não se faz!

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