“Fora de Controlo (Edge of Darkness)” de Martin Campbell
Depois de uma ausência prolongada dos grandes ecrãs (motivada por complicações familiares, digo eu), Mel está de volta!
Passaram-se 8 anos desde Signs e 12 desde o último – pelo menos para já – Lethal Weapon (a.k.a. Arma Mortífera).
Às ordens de Martin Campbell (o realizador de Casino Royale), o actor australiano volta a pegar na arma e no distintivo de polícia mas, desta vez, as piadas ficam para outro dia. A coisa agora é séria!
Quando a sua filha é assassinada à porta de casa numa visita relâmpago, Thomas Craven (Mel Gibson) não faz ideia do que está por detrás disso.
O que aparentaria ser um simples caso de polícia, rapidamente transforma-se numa complexa teia de conspiração em que muitos interesses estarão em jogo.
Apesar da sua dor Thomas tudo fará para desvendar a verdade, mesmo que isso signifique ter que confiar no enigmático Jedburgh (Ray Winstone).
Até onde irá o amor de um pai pela sua filha? E a obrigação de um oficial da lei perante um crime cirúrgico?
O que mais me incomoda não é a qualidade da realização, do argumento ou dos desempenhos, a questão central é que perante o historial de, respectivamente, Martin Campbell, William Monahan (argumentista de The Departed) e Mel Gibson, as expectativas em torno do filme eram mais que muitas.
E não podemos dizer que o filme acerta ao lado ou que acaba por se perder em “desnecessidades” inúteis, a sensação que fica é que está tudo lá mas nunca na fórmula certa para nos deixar estonteados.
É como se tivéssemos juntado um detonador e um explosivo plástico (C-4) mas, por qualquer motivo da natureza, a coisa não tenha explodido como devia.
Não podemos dizer que não gostámos, seria profundamente injusto para com os intervenientes e para com o filme como um todo mas, no final… é apenas MAIS UM!
Oxalá tenha o condão de devolver Mel Gibson à 7ª arte e de ajudar a promover London Boulevard (a estreia de Monahan na cadeira de realizador) e Green Lantern (a estreia de Campbell no universo dos super-heróis da DC Comics).
Quanto a Edge of Darkness – já agora Limite da Escuridão era um título assim tão inferior a Fora de Controlo ?!?! – é bom mas está muito longe de ser óptimo!