“Conan, O Bárbaro (Conan the Barbarian)” de Marcus Nispel

Só mesmo de graça…

É que se o filme já era mauzinho… o que dizer do 3D!!??

Tamanha ganância e falta do gosto dos produtores de Hollywood, (ou muito me engano ou) irá matar praticamente à nascença um fenómeno tecnológico que poderia tornar a experiência cinematográfica em algo realmente memorável, a cada filme.

Há falta de melhor exemplo, teremos sempre Avatar…

Desastres à parte, o filme consegue ser ligeiramente melhor do que o esperado e isso fica-se a dever, sobretudo, ao jovem Leo Howard que dá ao adolescente Conan uma raiva e uma inocência inesperada!!

Já Jason Mamoa é bocejo, atrás de bocejo. O ex-lutador tem os músculos e a fussa para fazer de Conan… e a falta de jeito também!

30 anos depois, recai sobre o alemão Marcus Nispel (um realizador habituado ao cinema de terror e suspense) a enorme responsabilidade de tentar recuperar o universo que deu a conhecer ao mundo do cinema um jovem austríaco. Mas Arnold Schwarzenegger pode estar descansado, nem todos consegue conjugar aquele ar bruto com o mínimo de carisma.

Sem o mínimo de brilho ou originalidade, o filme arrasta-se até ao esperado desenlace, intervalando algumas cabeças a rachar, com sexo puro e puro…

Temos bruxaria, temos monstros marítimos, temos piratas bem intencionados e temos muitos amantes do arranca-olhos e abre-cabeças. Falta mesmo alguém com dois dedos de testa e algum bom senso, à frente ou atrás das câmaras!

Bem sei que a ideia é reviver o tempo dos bárbaros (e outros que tal) mas qual o interesse de recuperar uma história com 30 anos, se a vão contar da mesma maneira?

Quanto à tentativa de nos meter a mão no bolso e (tentar) cobrar um bilhete 3D, só mesmo alguém muito desequilibrado se poderia lembrar de tal coisa!

Duvido que tenham coragem para avançar com uma sequela… mas isto quando mete dinheiro, há gente para tudo! Certo?!?

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