“Gringo” de Nash Edgerton
Confesso que não estaria à espera de me divertir tanto.
Apesar da comédia negra não ser propriamente um género ligeiro – muitas vezes desconfortável ou contundente – a verdade é que este Gringo segue imaculadamente o seu percurso. Invariavelmente no tom certo e recheado de pequenas surpresas e reviravoltas, o filme mantém-nos interessados e agradados mesmo até ao final.
Nash Edgerton pode ser mais conhecido por ser o irmão de Joel Edgerton mas, justiça seja feita, a forma competente como lidera um enredo periclitante e um elenco de reconhecida qualidade é realmente louvável. Seja em Chicago, seja no México a história desenvolve-se a bom ritmo e, sobretudo, com coerência e bom gosto, confirmando a sagacidade da Amazon Studios para encontrar/patrocinar histórias que realmente merecem ser vistas numa sala de cinema.
David Oyelowo é, de certa forma, o protagonista da história mas os desempenhos de Charlize Theron, Joel Edgerton, Sharlto Copley e mesmo Thandie Newton e Amanda Seyfried são precisos e consistentes. Todos em prol da história e de um filme que realmente surpreende pela positiva.
Quando Harold Soyinka (Oyelowo) é chamado ao gabinete do seu chefe e amigo para preparar a próxima viagem ao México, estaria longe de imaginar que Richard (Edgerton) e Elaine (Theron) o iriam acompanhar na visita à fábrica que a empresa tem do outro lado da fronteira. O que aparentemente seria uma visita de rotina, transformar-se-à rapidamente numa luta pela sobrevivência com cartéis de droga, espionagem industrial e um excêntrico mercenário à mistura.
Bons cenários, bons desempenhos, uma montagem que deixa água na boca e um enredo atual e delicioso que vai evoluindo à medida que nos vamos acostumando às personagens, aos seus medos e às suas convicções. Pequenos subplots que adicionam densidade a cada uma das persoangens e a noção que mesmo metaforicamente, o retrato apresentado é mais comum do que seria previsível à partida.
Muito bom entretenimento!
Boa tarde. Não há dúvidas que as opiniões podem ser diferentes conforme o gosto e a receptividade do espectador. No entanto juntar “um enredo periclitante” com “Muito bom entretenimento” fizeram-me impressão, e logo eu que levo em boa consideração os conselhos e as criticas que aqui leio. Na minha modesta opinião, o filme foi um longo bocejo, com um enredo sem nenhum rasgo, personagens sem qualquer utilidade para o filme( o que estavam ali a fazer a Amanda Seyfried e o namorado, para alem de apenas fazerem minutos ) e onde apenas a carismática Charlize Theron se sobressaiu do marasmo com a sua peculiar e mordaz personagem .
Um balde dos pequeninos ou pelo menos um balde médio. Um balde grande apenas para filme que valham o seu dinheiro.
Mas como iniciei neste texto, as opiniões podem ser tão diferentes. eu o Cláudio Sousa confirmamos isso.
Cumprimentos cinéfilos.
Lá está que pasmaceira seria se gostásseemos todos do mesmo, não?