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“Captive State – Cercados” de Rupert Wyatt

É estranho que na era da informação (nem sempre autentica é verdade, mas ainda assim) um filme como este Captive State chegue ao nosso país sem qualquer referência… que não a de meia dúzia de comentadores algo questionáveis e suas “notas”.

É uma pena que assim seja. O mais recente filme de Rupert Wyatt (realizador de Rise of the Planet of the Apes) pode não ser contundente ou particularmente inovador mas é inteligente como poucos. A premissa, já por si, deixava antever algo fora do comum, mas a forma como o filme nos conduz até ao desenlace final revela uma invulgar preocupação para com o espetador.

Nada é deixado ao acaso, TUDO tem um sentido, um princípio, um meio e uma finalidade. E coerência, acima de tudo. E ainda assim, saímos na sala de cinema a pensar no significado de tudo o que aconteceu,

Chicago, 2025. O planeta é agora controlado por extraterrestes, uma raça superior que controla tudo e todos e que repôs a ordem, a disciplina e a segurança. No entanto, a resistência mantém-se ativa, promovendo, aqui e ali, ações de revolta, na expetativa de iniciar uma revolução.

É nesse enquadramento que encontramos, Gabriel (Ashton Sanders), um jovem com convicções fortes que procura um futuro melhor para si e para a sua namorada, ao mesmo tempo que parece contribuir para algo mais relevante.
No seu encalce, permanentemente, vemos o Sargento Mulligan (John Goodman), um dos principais investigadores da polícia local e um homem astuto e comedido.

Curiosamente não sabemos ao certo ao que vamos. Naturalmente que a posição de subserviência dos humanos para com os seus invasores nunca será natural mas será esse, verdadeiramente, a raison d’être do filme?

Para lá dos bons desempenhos da dupla mais experiente, Goodman e Vera Farmiga e da irreverência do jovem Ashton, o filme vale sobretudo pelo enredo de Wyatt e Erica Beeney e pela forma preciosa como é construído. Nada de grandes espetáculos visuais, cenas de ação ou cenários estonteantes. O filme vive do seu argumento e esse é SEMPRE fator de apreço especial da nossa parte.

Depois de dar início à mais recente versão cinematográfica do Planeta dos Macacos, Wyatt tem perdido um pouco do seu momentum com filmes mais modestos. Captive State pode ser, de facto, um momento de mudança. A faísca que nos faz acreditar e dá início a uma revolução.

Acho que ouvi isto em algum lado… recentemente.

Deixem-se de pré conceitos e arrisquem.
Quem sabe não se vão surpreender!!
E gostar.




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  1. Maria Pereira diz:

    De facto é um filme inteligente que nos faz pensar… Uma boa surpresa

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