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“Hellboy” de Neil Marshall

O Miguel que nos perdoe mas este Hellboy, versão 2019, está bem longe de ser “um dos melhores filmes do ano”!

Já no que se refere a um dos maiores flops do ano, a candidatura está lançada!

A expetativa era grande, imensa até.
O legado deixado por Ron Perlman e Guillermo del Toro era, sem dúvida alguma, extremamente pesado, mas, funcionava, igualmente, como um chamariz para uma nova geração de espetadores ansiosos por conhecer o “seu” anti-herói vindo do inferno.

E, por muito que nos custe, o filme falha em (quase) toda a linha. O renascer de Hellboy é, ainda assim, o elo mais forte deste reboot. Essa roupagem histórica dá-lhe alguma graça mas que se perde, quase por completo, numa esforçada construção de tudo o que se segue.

Colocando de parte a origem do “novo” herói, o demais enredo é bastante inconsistente e recheado de clichés ou incoerentes twists. É verdade que o filme tem as suas surpresas, mas são invariavelmente forçadas e pouco cativantes.

Monstros, gigantes, bruxas, e até o Rei Artur e a Excalibur! Temos um pouco de tudo. História, mitos e lendas… e o típico vilão, ou melhor, vilã, a desejar o fim do mundo (como o que o conhecemos).

Depois de uma breve visita ao México, encontramos Hellboy (Harbour) a caminho do Reino Unido, ao serviço da B.P.R.D.. Uma apocalitica ameaça parece emergir de tempos antigos e o herói vindo do inferno parece ser a chave de tudo. Vivian Nimue (Milla Jovovich), uma bruxa dos tempos da época mediaval, prepara-se para reerguer-se e abalar o atual equilibrio entre as forças do bem e do mal!

Novos aliados e um humor corrosivo são o cartão de visita desta nova versão de um das figuras mais peculiares dos comics. Mas soube a muito pouco.
Para mais quando o filme insiste numa visão demasiado grotesca, recheada de violência gratuita.

Última palavra para David Harbour. O conceituado ator, mais habituado a papéis secundários, tem aqui a sua grande oportunidade para se afirmar como um leadingman e, apesar do carinho que merece, fica a clara ideia que não teve unhas para agarrar a oportunidade.
Mesmo tendo bem presente que Neil Marshall e restante equipa, serão os principais responsáveis por este debacle!

Foi uma decepção.
Não há como disfarçar.

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