“O Sol Também é uma Estrela (The Sun is Also a Star)” de Ry Russo-Young

Tudo pronto para encerrarmos 2019! Mas antes temos duas pontas soltas por resolver.

A primeira dá pelo nome de The Sun is Also a Star, mais ou menos algo como “o meu mundo gira em torno de ti, mesmo antes de te conhecer”.

Boy meets girl, obviamente. Ele promete que ela se vai apaixonar por ele em 24h e… acontece! Mas – e teria sempre de haver sempre um “mas” – a situação dela, no país, é algo complicada.

Nova Iorque ajuda, e de que maneira, ao romantismo. Uma cidade vibrante e heterogénea que junta as pessoas e as leva a apaixonar-se, por ela. O jovem casal percorre ruas e parques, museus e lojas, sem pretensões ou preocupações. E nós vamos com eles.

Ela não acredita no amor (à primeira vista). Ele não acredita em outro tipo de Amor. Com passados e futuros profundamente diferentes, mas semelhantes na sua ambivalência e fatalismo, os jovens vão testar os limites do primeiro encontro e… sonhar.

Há uma genuína inocência no filme que nos leva aos tempos da adolescência, em que tudo podia acontecer e os sonhos eram palpáveis. Natasha (Yara Shahidi) é pragmática, fatual e totalmente racional. Nunca poder ser o contrário e vê o Mundo dessa forma. Daniel (Charles Melton) é um puro romântico, crente no destino e nas vibrações que juntam dois seres neste cosmos infinito. Ele podia ser exatamente igual a Natasha, mas prefere não o ser.

As Young Adult adaptations caíram em desuso. Há uma ou outra exceção por estes dias – talvez a saga After – mas os jovens deixaram de acreditar em “histórias da carochinha”. É uma pena que assim seja. É verdade que a indústria cinematográfica tem a sua quota-parte de responsabilidade, ao inundar o mercado (muitas vezes) sem critério ou rigor, mas a verdade é que continua a haver histórias que merecem ser contadas (e vividas).

Foi giro.