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Antevisão “The Lost City of Z” de James Gray

Algo me diz que é desta que Charlie Hunnam “dá o salto”!

Apesar das melhores expetativas, o processo de afirmação do ator inglês tem sido mais moroso do que o normal. Depois de protagonizar Pacific Rim em 2013, só agora volta às luzes da ribalta. Pelo meio esteve quase para ser Mr. Grey (na adaptação cinematográfica da obra de E.L. James) mas, no último momento, acabou por abandonar o projeto.
No próximo mês estreia uma revigorada e contundente versão do mítico Rei Artur, às ordens de Guy Ritchie. Coincidência, ou talvez não, uma semana antes chega aos cinemas nacionais, The Lost City of Z.

Projeto querido de James Gray desde 2009, com vários nomes indicados para protagonista e demais elenco, a adaptação da obra de David Grann sobre história verídica das desventuras do Coronel Percy Fawcett por territórios inóspitos da América do Sul em busca de uma civilização perdida, era um dos projetos mais badalados por Hollywood nos últimos anos. Passaram-se quase 6 anos até haver luz verde e, felizmente, James Gray continuava disponível para o concretizar

O realizador nova iorquino mais amado na Europa – logo a seguir a Woody Allen – sai totalmente da sua zona de conforto para confirmar (ou não?) todo o seu imenso talento. Desde 1994, quando conquistou o Leão de Prata no Festival de Veneza por Little Odessa que Gray é considerado (pelo menos) no velho continente, como um dos maiores cineastas dos nossos tempos. Seguiram-se 3 filmes preciosos, todos com Joaquin Phoenix como protagonista: The Yards, We Own the Night (ambos ao lado de Mark Wahlberg) e Two Lovers. Mais recentemente, Phoenix, acabadinho de regressar ao ativo, volta a ser cabeça-de -artaz, juntamente com Marion Cotillard e Jeremy Renner em The Immigrant (mas sobre esse, e apesar das melhores indicações, não nos podemos pronunciar, porque ainda não o vimos).

Todas as obras do realizador tinham em comum a envolvência nova-iorquina, o submundo do crime, em diferentes eras da cidade, e/ou um tom sombrio, carregado e noturno. Tudo muda, agora. Desde a origem, inglesa, do protagonista, até ao cenário Amazónico de grande parte da ação. Senão vejamos:

A CIDADE PERDIDA DE Z conta a incrível história verídica do explorador inglês Percy Fawcett que viaja ate à Amazónia no início do século XX e descobre provas de uma avançada civilização até então desconhecida, que terá habitado a região. Apesar de ridicularizado pela comunidade científica que vê a população indígena como “selvagens”, o determinado Fawcett regressa à selva numa tentativa de provar a sua teoria…

Para além de Hunnam, o elenco conta ainda com Sienna Miller e Tom Holland, nos papéis de mulher e filho do Coronel Fawcett, e com Robert Pattinson como seu ajudante. Gente nova mas competente e que dá garantias.

Rodado em Belfast, Irlanda do Norte e na Colômbia, mais propriamente na província de Magdalena, o filme acompanha in loco a preparação e as descobertas de Percy Fawcett numa era em que o Google Earth ainda não existia e em que a floresta Amazónica era, para os ocidentais, pouco mais do que um vasto e inexplorado aglomerada de florestação, animais selvagens e tribos desconhecidas.

A propósito da sua opção por rodar o filme em plena selva, James Gray comenta que solicitou aconselhamento a Francis Ford Coppola (dada a sua experiência em Apocalypse Now) e que este terá respondido meramente “Não Vás!“. O mesmo conselho que o lendário Roger Corman lhe tinha dado, 40 anos antes. (Fonte: IMDb)

Z: A Cidade Perdida, estreia em Portugal a 4 de Maio.

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