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“Vingadores: Guerra do Infinito (Avengers: Infinity War)” de Anthony e Joe Russo


Se ainda não viste o filme, provavelmente é melhor não continuares a ler…

SPOILER ALERT!!!

Por norma não revelamos grandes detalhes relativamente ao enredo dos filmes, este Avengers: Infinity War não será expeção mas, de qualquer forma, fica o alerta…

Foram 10 anos até chegarmos aqui. 18 filmes. Dezenas de protagonistas e centenas (de milhar?) de envolvidos neste imenso projeto cinematográfico, denominada, a certa altura, de Marvel Cinematic Universe.

Mas no início não era assim. Iron Man, no qual ficamos a conhecer Tony Stark, não era, na sua génese, muito mais do que um filme de super-heróis como tantos outros que o antecederam. Porém, Robert Downey Jr. e, justiça seja feita, Jon Favreau tinham outros planos. Ou, pelo menos, agiram como tal.

Avançamos rapidamente 10 anos. Downey Jr., e o seu Iron Man, continuam a ser, goste-se muito ou imenso, o foco central de toda a narrativa. Mas, já não vem só. A disputar o protagonismo encontramos agora Josh Brolin e o seu almigthy Thanon. Sim, os demais Vingadores têm também espaço para fazer notar a sua presença – mais uns do que outros, mas é a vida – porém o vilão de serviço que há muito ameaça a paz dos “nossos” super-heróis assume pleno protagonismo neste Infinity War.

E se a velha máximo que “um filme de super-heróis vale tanto quanto o seu vilão” ainda está de pé, o filme dos irmãos Russo tem o caminho aberto.

O antigo paradigma do vilão que quer destruir o mundo está mais do que gasto, não nos cansamos de o repetir (a propósito de X-Men: Apocalypse, Justice League ou Suicide Squad). Aparentemente ciente dessa questão, a Marvel Studios dá uma nova roupagem ao poderoso vilão e se a sua busca pelas seis pedras míticas continua a ser o mote deste filme, a utilidade que este lhes pretende dar é ligeiramente diferente do que estaríamos à espera.
A forma como isso encaixa no rumo que os responsáveis pelo MCU queriam dar à sua narrativa, isso já será fruto de um longo e profícuo processo de brainstorming.

Não há grandes nem pequenos desempenhos. Grandes ou pequenos trabalhos de cenário e guarda-roupa. Grandes ou pequenos diálogos e nuances. Durante 2h30, os fãs da Marvel, e do cinema em geral, permanecem embevecidos a apreciar cada um dos muitos detalhes e, sobretudo, a forma como tudo parece encaixar na perfeição. E não foi, seguramente, fácil.

Temos, Iron Man, Captain America, Black Widow, Hulk e Thor. Temos os Guardians of the Galaxy e a malta do Wakanda. Temos o jovem Spider-Man e o Dr. Strange. Vision, Scarlet Witch, Falcon, War Machine e, a dada altura, o próprio Nick Fury. Se cada um deles é motivo mais do que suficiente para um filme a solo, imaginem conjugar todos em pouco mais de 150 minutos!!

Mas o que Anthony e Joe Russo fizeram não foi apenas “criar” um vilão “humano” ou demonstrar que é possível juntar esta malta toda – e mais alguns se assim for necessário. O principal mérito dos realizadores está ao nível do MCU como um todo.

Estava mais do que prometido que este 3º capítulo dos Avengers – que outrora seria a primeira parte de Infinity War mas que agora servirá de preâmbulo para toda a Phase IV do Universo Cinemático da Marvel, e seguintes – iria “partir tudo” para voltar a construir.

O desenlace encaixa na perfeição com esse propósito. O futuro ou o passado (leia-se, a estreia no próximo ano de Captain Marvel) pode reservar algumas surpresas e reviravoltas mas é inquestionável que TUDO pode acontecer a partir de agora. O negócio, o afeto, a História e a própria lógica da atual cultural pop pretende indicar qual será o próximo passo mas, neste momento, quem o pode garantir com toda a certeza?!?!?

É ASSIM que se faz um filme de super-heróis. Sem receio das consequências. Sem medo do amanhã. Sem complacência. Mas, sobretudo, com a certeza de qual será o próximo passo.

Não será fácil encontrar um verdadeiro fã da Marvel, e dos Comics em geral, que não tenha apreciado vivamente este Infinity War. Pode-se discutir o futuro, apreciar (ainda mais) o passado mas ninguém ousa criticar o que foi feito nestas 2h30.

O cinema não é (nem pode!!) ser feito de consensos mas este anda, sem dúvida, lá perto.
O único GRANDE senão é que ainda falta quase 12 meses para Avengers 4….

  

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  1. Eu também achei excelente, ansioso para o próximo

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