“G.I. Joe: The Rise of Cobra” de Stephen Sommers
Vamos lá esclarecer uma coisa logo desde o início. Um filme que tem por título “… The Rise of Cobra” será forçosamente o capítulo inicial para mais um franchise que se pretende apelativo, MUITO rentável e, acima de tudo, duradouro!
E se G.I. Joe são os bons, Cobra só poderão ser os maus, certo?!
Em duas linhas pode-se dizer que estamos perante o capítulo de apresentação de um universo futuresco onde se dá vida a um dos brinquedos (Action Man na Europa, G.I. Joe nos EUA) mais conhecidos e amados pela pequenada do sexo masculino!
O homem das 1001 batalhas e adereços é, agora, transformado num grupo de elite internacional de combate aos mais perigosos terroristas. Num mundo onde a nanotecnologia e a biotecnologia são uma banalidade (pelo menos em termos de armamento ultra-secreto) é fácil de prever que a ficção-científica e a liberdade criativa dos (argumentistas) mais futuristas serão paradigmas inquestionáveis!
Quantos aos efeitos especiais, eles limitam-se a tirar proveito dos enormes avanços que se tem verificado nos últimos anos, não inovando mas, também, não comprometendo numa área de extrema sensibilidade, quando se fala em atrair uma imensa falange de fãs adolescentes!
Falando de adolescentes soa bem a opção por Channing Tatum e de Sienna Miller para os papéis principais. O jovem norte-americano parece lançado para uma carreira mediática, 3 anos depois de ter dado nas vistas pela 1ª vez no movimentado Step Up. Quanto à camaleónica actriz inglesa, o filme marca a sua primeira experiência no cinema de aventura e entretenimento, demarcando-a, um pouco, dos filmes mais “pesados” que têm marcado o início da sua carreira.
Ao seu lado iremos encontrar nomes como o do veterano Dennis Quaid e do comediante Marlon Wayans, dotando o filme, a momentos, de um tom mais sério ou divertido, respectivamente!
Duke (Tatum) e Ripcord (Wayans ) são 2 operacionais das forças especiais norte-americanas, ao serviço da NATO, responsáveis pelo transporte de armamento altamente perigoso e mortífero. Quando são alvos de uma emboscada perpetuada por uma poderosa e bem armada organização terrorista, liderada pela The Baroness (Miller), apenas a rápida intervenção de um secreto grupo de operacionais irá salvar-lhes a pele.
“Reféns” dos G.I. Joe’s, Duke e Rip tudo farão para levar a cabo a sua missão … e isso inclui… passar a fazer parte dessa organização multinacional de combate ao terrorismo.
Porém, rapidamente irão perceber que os Cobra não são um mero grupo de bandidos!
Contrariando as piores expectativas, o filme consegue manter-se bem à tona da água, conjugando um argumento suficientemente lógico, com algumas cenas de acção bem coreografadas e uma visão futurista não muito distante da (presumível) realidade.
Claro que não deixa de ser puro entretenimento de Verão – com tudo de bom e de mau que isso implica. Ainda assim consegue ser bem melhor que, por exemplo, Fantastic Four, ok!
É suficiente para vocês?