“De Paris com Amor (From Paris with Love)” de Pierre Morel

Sob a alçada de Luc Besson, Pierre Morel tem vindo a tornar-se na principal referência francesa em termos de cinema de acção.

Banlieue 13 (mais conhecido internacional por District B13) terá sido provavelmente o seu primeiro e último filme falado na sua língua materna.
4 anos depois de se ter estreado em grande, Morel regressou à cadeira de realizador com Taken, uma imensa surpresa em termos de impacto internacional (quer em termos de bilheteira, quer em termos de crítica) mas que se “limita” a fazer justiça a uma obra magnífica!

A sua meteórica carreira segue agora com este From Paris with Love, um filme em tudo similar com o seu antecessor no que diz respeito ao ritmo “breathtaking” que assume desde o 1º segundo.

Sem pedir licença, o filme irrompe a um ritmo galopante pela tela, deixando de língua de fora os mais desprevenidos. Tiroteios, perseguições, “porrada velha”, intrigas, suspeitas e uma pitada de bom-humor, são os principais ingredientes de uma obra à qual é difícil de ficar indiferente. E, muito embora possam-se apontar algumas lacunas no argumento, na verdade ninguém está muito interessado com isso, a malta quer é ver o que vem a seguir!

James Reece (Jonathan Rhys Meyers) é um jovem adjunto da embaixada norte-americana em Paris, com uma agenda muito própria. As suas funções extra-diplomacia põem-no em contacto com um irreverente e experiente espião de visita a Paris para uma operação bastante delicada. No entanto, Charlie Wax (John Travolta) não é propriamente o típico agente governamental.
Conseguirá James aguentar o ritmo de Wax? … e nós?

À parte de alguma violência gratuita e de algum (desnecessário) preconceito religioso/racial o filme é quase tudo o que se pode esperar de um bom filme de acção em pleno séc. XXI. E, John Travolta até tem pinta a fazer de durão!

Deixem-se de tretas e ganhem lá um pouco de coragem para irem ver um filme para Homens de barba rija!
No final até se vão sentir (como eu!) mais leves ao sair da sala…
Deve ter sido daquela sensação de alívio depois da tensão se ter, finalmente, dissipado … com o fim de mais uma experiência alucinante.

Vive la France!

Quanto ao bilhete, bem… acontece!

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