“Agentes Universitários (22 Jump Street)” Phil Lord e Christopher Miller

The Lego Movie.
Por mais estranho e improvável que possa parecer, para além de assinarem a realização de 21 Jump Street e desta sua sequela, Phil Lord e Chris Miller são, igualmente, os responsáveis pela brilhante estreia das figurinhas da Lego® no cinema.

Melhor filme de Animação e Melhor Comédia (norte-americana) do Ano, não sei se será inédito mas, no mínimo, não é para todos!

Depois do tremendo sucesso de 21 Jump Street, era apenas uma questão de tempo até Jonah Hill e Channing Tatum voltarem a infiltrarem-se no universo estudantil. E o mínimo que se pode dizer é que a química entre os dois é realmente proporcional ao talento de ambos.

Percebe-se – ao fim de 5 minutos – o imenso gozo que lhes deu fazer este filme, tal a cumplicidade e empatia demonstrada. E nós rimos à gargalhada durante a maior parte do tempo.
Encaixando com mestria no papel de intelectual desajeitado (Hill) e voluntarioso calhau (Tatum), a complementaridade que o filme explora acaba por funcionar em pleno, alternando momentos mais sérios com outros totalmente tresloucados. E depois, lá pelo meio, há aquela cereja no topo do bolo… o momento em que Jenko confronta o Cap. Dickson sobre conhecida actividade sexual de Schmidt!

E assim, alternando momentos de humor de grande qualidade (e um ou outro menos conseguidos) com uma pitada de policial, a dupla evolui em grande estilo, para nosso deleite. Quando se aventou da possibilidade dos 2 atores recuperarem (para a 7ª arte) a modesta série de TV que deu a conhecer ao mundo Johnny Depp, poucos terão antecipado tamanha empatia. E há segunda oportunidade, ficamos encantados.

Após o sucesso da sua operação anterior, o grupo de agentes infiltrados liderados pelo Cap. Dickson (Ice Cube) tem luz verde para prosseguir com novas investigações. No entanto, o sucesso é efémero e perante a futilidade das suas operações Jenko (Tatum) e Schmidt (Hill) são novamente enviados para o mundo académico – desta vez a universidade – para investigarem um estranho caso de overdose. E se pensávamos que já tínhamos visto tudo, nada nos pode preparar para o que se segue!

Mesmo não conseguindo esconder que o filme tem os seus episódios demasiado americanos (i.e. no limite do bom gosto e da pertinência), no cômputo geral ficam ótimas memórias deste duplo ensaio. Sim, porque para o bem e para o mal dificilmente voltaremos à Jump Street. As ideias até existem (é só confirmar no genérico final) mas algo me diz que não será fácil voltar a encontrar uma história que o justifique.

Ainda assim não será, certamente, a última vez que vemos Jonah e Channing partilhar o protagonismo num filme (comédia ou até em algo mais sério). É que os rapazes funcionam mesmo muito bem juntos.

Em suma, se “rir é o melhor remédio”, então não há doença que nos pegue este Verão!

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