“Mulher de Ouro (Woman in Gold)” de Simon Curtis
De uma improvável mas talentosa dupla, Helen Mirren e Ryan Reynolds, nasce uma obra simples, no entanto, certeira e emotiva.
De volta à sempre fotogénica II Guerra Mundial, desta vez o espólio de guerra é o enfoque central da trama – seguindo o exemplo de The Monuments Men, por exemplo – ainda que desta vez com um retrato personalizado e contemporâneo.
É incrível como 70 anos volvidos, a 2ª Grande Guerra continua a ter Histórias fantásticas por contar.
Na realidade, grande parte do enredo tem pouco mais de 10 anos, o que torna a longevidade dos acontecimentos retratados ainda mais impactante e palpáveis.
Mais de 60 anos depois de ter fugido da sua Viena, Maria Altmann (Mirren), agora uma convicta cidadã norte-americana, descobre em antigas cartas da sua irmã, novos pedaços de História relativos ao destino que o património da sua família teve às mãos dos nazis alemães.
Decidida a perceber os seus direitos, Maria irá contratar um jovem advogado (Reynolds), filho de amigos de família, e também ele de origem judaica. Até onde conseguirão eles chegar quando o que está em causa é, entre outras obras, a mais relevante obra austríaca do último século, a Mulher de Ouro de Gustav Klimt.
Vária décadas volvidas, os efeitos da mais nefasta Guerra dos nossos tempos, permanece bem presente na vida e nos sentimentos de muitas e muitas vítimas. Das mais diversas formas, muitas delas inexplicáveis, a II Guerra Mundial continua, nos dias de hoje, bem presente. Infelizmente.
Simon Curtis, realizador de My Week with Marilyn, volta a demonstrar uma competentíssima sensibilidade para, através de um episódio específico, permitir conhecer uma realidade bem mais vasta e acutilante.
Desta vez, o realizador londrino conta com a “ajuda” de Helen Mirren (e Ryan Reynolds e Daniel Brühl) para nos dar a conhecer mais um contundente pedaço da História mundial do último século.
Pode parecer apenas mais uma história real mas, em abono da verdade, Woman in Gold é exatamente isso mas de forma primorosa.
Fica na retina… contra todas as expetativas!
Concordo.
"Mulher de Ouro": 5*
Eu não tinha grandes esperanças para o filme "Mulher de Ouro" e surpreendeu-me positivamente.
É um filme obrigatório este "Woman in Gold".
Cumprimentos cinéfilos, Frederico Daniel!